Onde Irei Parar
Lucas Cabral
Tipo: Lírico
Postado: 16/07/17 12:13
Editado: 16/07/17 12:14
Gênero(s): Poema Reflexivo
Avaliação: 10
Tempo de Leitura: 33seg a 44seg
Apreciadores: 5
Comentários: 4
Total de Visualizações: 694
Usuários que Visualizaram: 7
Palavras: 88
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Livre para todos os públicos
Capítulo Único Onde Irei Parar

Onde irei parar

Me afogando no álcool

Costurando as feridas

Andando pelas ruas com o calçado nas mãos

Onde irei parar

Falando de modo arrogante

Olhando para o chão ao invés dos olhos

Me arrumando para os outros

Onde irei parar

Saindo dos lugares sem despedidas

Tentando esquecer as noites alegres

Pensando no próximo século

Sem nem mesmo ter acabado o dia

Quando tudo terminar

O tempo restante será da angústia

Os últimos segundos escaparão entre meus dedos

Tudo escurecerá

Lentamente

Pouco a pouco

Sem carinho

Sem perdão

❖❖❖
Apreciadores (5)
Comentários (4)
Postado 22/11/17 13:39

Olá Sr. Lucas!

Esse foi sem dúvidas um ótimo texto!!

Representou muito bem o gênero ''reflexivo''...

As suas verdades, e metáforas, (metáforas disfarçadas de verdades para representar a mais crua verdade), foram extremamente bem construídas!!!

Gosto de coisas tristes, e esse poema foi bem triste para mim... (e acredito que para você tamnbém o seja...)

Principalmente a frase:"Saindo dos lugares sem despedidas" - Foi uma das mais bonitamente horrível e melancólica frase! (A que eu mais gostei, para dizer a verdade).

Juntamente com essa: "Os últimos segundos escaparão entre meus dedos"

Parabéns por essa crítica incrível que você conseguiu transmitir com seu poema!!!

Você é autor muito talentoso!!! :)

Um abraço, Meiling!!

Postado 11/12/17 00:08

Talvez eu já tenha dito isso em algum outro texto seu, mas... Eu amo essa melancolia e amo seus textos.

"Quando tudo terminar

O tempo restante será da angústia"

<333

Postado 18/05/18 10:04

Melancolia é meu forte hahahah. Muito obrigado pelo carinho :D

Postado 17/12/17 21:47

Que poema gostoso de se ler, tem um ritmo agradável e com uma escolha de palavras muito boa, por sinal. O interessante é que a essência nos traz algo para refletir de modo geral: onde iremos parar? Independente de todas se as atitudes são benéficas ou não, temos que nos interpelar sobre isso.

No caso do eu-lírico, interpelar onde ele vai parar assumindo essa postura. É uma realidade vivída por mais do que possamos acreditar. Afinal, quem nunca tentou afogar as mágoas em algo? Por vezes, a companheira para esse caso é a bebida, já que alcolizados não pensamos nas tristezas tão bem assim, e tudo parece não pesar tanto assim nos ombros.

A gente toma atitudes vistas como errôneas, mas que no íntimo é apenas uma tentativa vã de se manter intacto, inteiro, sem perspectivas ou medos para nos consumir e corromper futuramente. Uma tentativa falha de auto-proteção.

Postado 18/05/18 10:15

É como assinar a sua auto-destruição. Muito obrigado pelo comentário.

Postado 03/01/18 03:11

Obrigada por estas prosas. Eu realmente precisava delas, andei sendo muito quem "eu sempre quis ser", e de repente, me vejo sendo algo que eu nunca esperei que me tornaria. Este seu poema maravilhosamente melancólico, foi minha tomada de decisão.

Decisão boa. Leve.

Voltar a me questionar sobre o que é conveniente à mim.

Desculpe pelo desabafo, eu sempre levo as obras do site, em geral, para um lado mais que pessoal.

Obra maravilhosa, em todos os aspectos.

Vejo esperanças, tanto para mim quanto para o eu-lírico.

As coisas se ajeitam a partir do momento que começamos a nos indagar sobre elas.

Postado 18/05/18 10:17

Fico feliz em saber que minha obra te tocou tão intimamente. Obrigado pelo seu comentário.