Pedras ao Norte
Lucas Cabral
Tipo: Lírico
Postado: 19/08/17 00:52
Avaliação: 8.8
Tempo de Leitura: 21seg a 28seg
Apreciadores: 6
Comentários: 4
Total de Visualizações: 921
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Palavras: 56
[Texto Divulgado] "Cinzas no Deserto" Uma história baseada em algumas histórias baseadas em histórias que tanto amamos, de coração. Bora ler.
Livre para todos os públicos
Capítulo Único Pedras ao Norte

Quando eu olho para o pôr do sol

Vejo as gaivotas de relance

Mergulhando naquela imensidão azul

Sinto a alegria da pureza

Mesmo com o coração cheio de tristeza

Me encosto nas pedras ao norte

Passo os dedos entre os cortes

Perco a direção várias vezes

Rodopios alucinantes

Como posso me perder mesmo sendo um viajante ?

❖❖❖
Apreciadores (6)
Comentários (4)
Postado 19/08/17 22:10 Editado 19/08/17 22:15

Eu posso até estar alucinando aqui, mas na minha interpretação, o eu-lírico rasgou os pulsos e se atirou no mar, em meio às pedras (esqueci como se chama esse tipo de terreno... Enseada? Encosta?), sentindo no coração a pureza advinda do Fim que a Morte promete/traz aos problemas e sofimentos do indivíduo.

E, por fim, faz alusão ao mistério da Jornada rumo ao auto-extermínio, pois sente-se perdido mesmo sendo um acostumado viajante (dos mares, implícito no seu amor/alívio perante o oceano).

Belo texto, Sr Lucas! Parabéns!

Atenciosamente,

Um ser que viaja nas interpretações, Diablair.

#AD01-01

Postado 20/08/17 00:08

Adoro suas interpretações Diablair. Perfeição demais, obrigado.

Postado 20/08/17 00:58

A interpretação do Manu foi incrível, mas a minha tomou um rumo bem diferente. É exatamente por isso que amo poemas: não importa quantas pessoas leiam, cada interpretação será única. E, ao meu entendimento, o eu-lírico encontra seu refúgio perante a calmaria do pôr-do-sol, na própria natureza.

Quem nunca? Quando estou triste, amo ficar apreciando as estrelas, é um hábito que tenho desde pequena; sinto-me confortada e calma, como se nenhum problema existisse ou algo pudesse me derrubar. E o nosso querido eu-lírico pode ter encontrado essa sensação de alívio justamente nessa paisagem descrita.

Concordo com o Manu sobre os cortes em seu pulso, recorrente, talvez, de sua demasiada tristeza. E quanto ao termo viajante? Bem, todos nós somos viajantes nessa vida a procura de seu próprio destino e traçando o próprio caminho.

Muito bom! ♡

Postado 20/08/17 12:10

Seus pontos de vista e interpretações são tão distintos entre si que o poema parece se dividir em 1000 pedaços, e cada pedaço é uma visão diferente. Gosto muito quando isso acontece, pois me mostra que o escrito teve profundida o bastante para produzir diferentes visões.

Muito obrigado!

Postado 20/08/17 17:47

Pensei seriamente em me arriscar a fazer um comentário mais elaborado, mas nada que eu diga irá se igualar ou pelo menos parecer razoavelmente bom se comparado aos comentários da Pami e do Diablair, então, vou apenas lhe parabenizar e agradecer por compartilhar essa bela obra.

Postado 20/08/17 22:38

Muito obrigado Flávia!

Postado 19/12/17 02:33

Eu tenho um péssimo senso de direção, então, entendo bem a este devaneio questionado pelo eu-lírico. Consigo me perder tanto numa rua qualquer, como também em mim mesma. As estradas da vida são complicadas demais para certas pessoas e eu me encaixo perfeitamente neste grupo.

Uma obra que retrata bem a perdição humana dentro das diversas confusões que carregamos diariamente. Parabens, moço!

Postado 18/05/18 10:42

Belo comentário, muito obrigado.