(e não há nada de poético nisso)
Andromeda
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 24/03/18 20:18
Editado: 08/02/19 00:19
Gênero(s): Drabble Drama
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 45seg a 1min
Apreciadores: 4
Comentários: 3
Total de Visualizações: 1310
Usuários que Visualizaram: 5
Palavras: 120
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Não recomendado para menores de dezesseis anos
Notas de Cabeçalho

hanahaki é aquela doença doida de nascer flores no peito.

Capítulo Único (e não há nada de poético nisso)

Rasga-te o peito e te faz sofrer. Abres a boca e vomita esperança em forma de flores – esperança do que um dia poderia ser nós. O vermelho do sangue vem junto e você chora em desespero.

(te sufoca e quebra inteiro)

Você rasteja solitário, se enfiando no quarto, debaixo das cobertas; quer sumir e parar de sentir tudo que te enche (e transborda no peito). Mas não tem como se esconder; viajo nos teus pensamentos e teus olhos só conseguem me ver.

Teu peito que antes ardia em felicidade agora quebra-se em pedaços, rasga, aperta, sufoca, queima. Eu não te amo e, infelizmente, isso dói mais em ti do que eu posso descrever.

(e não há nada de poético nisso).

❖❖❖
Apreciadores (4)
Comentários (3)
Postado 25/03/18 19:02

Gostei muito do conto. É pequeno, mas transmite um sentimento forte de angústia e dor. São poucas palavras, mas conseguem expressar muitos sentimentos. Está de parabéns!

Postado 03/07/18 16:38

Gosto de saber que alcancei minhas expectativas quando eu estava a escrever esse conto. Fico feliz que tenha gostado. Agradeço.

Postado 25/05/18 21:33

É tudo tão poético (desculpa! kkkk). Gostei bastante.

Parabéns!

Postado 03/07/18 16:36

É bom saber que, de alguma forma, é poético (por mais que me doa). Agradeço.

Postado 20/01/19 19:51

É poético de uma maneira extremamente melancólica e bela. Já reparou como a dor fica mais bonita nas palavras? Ainda bem, pois alguma coisa boa tem que sair de algo que dói a alma, o coração e todo o corpo.

Por mais que seja pequeno e breve, o conto consegue tocar o leitor com a angústia dolorosa do narrador. A dor dele torna-se a nossa. O devaneio dele nos preenche. A realidade dele pesa nos nossos ombros. Não há problema nenhum em não amar alguém, mas ver a dor do outro, quando nossa alma é gentil, realmente nos dói e, como diz o texto, não há nada de poético nisso.

Essa obra com toda certeza vai pros favoritos. Obrigada por compartilhá-la conosco.

Meus parabéns ♡

Postado 21/01/19 04:57

Às vezes, quando estou lendo pela madrugada, paro para admirar a tristeza em cada conto lido; é realmente poético a forma como muitos conseguem descrever a dor que sentem (coisa que me deixa mais conectada com o autor).

Eu fico tão feliz em ler suas palavras, que talvez seja irônico, visto que o texto que fiz é triste. Mesmo assim, me agrada saber que consegui criar esses laços por meio da escrita.

Agradeço muito por seu suporte, Sabrina. Não tens ideia de quão feliz fico ao receber uma notificação sua.

Obrigada, de verdade ♥