O que surge do vazio... (Terminado)
6 de Janeiro Co-Autores True Diablair
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Tipo: Romance ou Novela
Postado: 16/06/18 16:57
Editado: 24/06/18 18:28
Qtd. de Capítulos: 5
Cap. Postado: 20/06/18 12:02
Cap. Editado: 20/06/18 12:06
Avaliação: 9.71
Tempo de Leitura: 3min a 4min
Apreciadores: 4
Comentários: 1
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Usuários que Visualizaram: 7
Palavras: 568
[Texto Divulgado] ""
Não recomendado para menores de doze anos
O que surge do vazio...
Notas de Cabeçalho

Corra.

Capítulo 3 O nada...

O questionamento da inepta Huldra martelava em sua cabeça como se o pedregulho qual sua mentora a batera ainda estivesse lhe golpeando.

Era como uma faísca, um estalo, um vislumbre que até então nunca tivera. Havia dor fora de si, mas não tanto quanto em seu íntimo: tantas vezes humilhada, tantas vezes até torturada por não conseguir concretizar o que lhe era esperado...

Mas, se ela era diferente de todas, como poderia fazer as coisas do mesmo jeito que elas?

A garota com cauda de vaca se levantou com um movimento que misturava tristeza e solenidade.

Seu vestido verde-oliva estava sujo e manchado de sangue, esvoaçava minimamente com a brisa, ela sorriu, pela primeira vez em muito tempo.

Silja olhou para a árvore que nunca conseguira manipular:

Fitou-a das raízes retorcidas até a copa exuberante; era uma planta antiga e imponente. Lembrava-a um pouco de M'ma Ulrikke...

A jovem Huldra então exalou o ar frígido da mata... E não mais o inalou.

A princípio, imaginou que seus pulmões arderiam com o passar dos minutos, todavia, nada ocorrera.

Não se sentia mal.

Não se sentia bem.

Não sentia nada.

Nada.

Aos poucos sua pulsação foi diminuindo e, quando deu-se por si, o coração estava parando, o que deveria assustá-la, na verdade a fez sorrir novamente.

Um sorriso entristecido que sumiu junto com seus batimentos cardíacos.

Foi então que aconteceu algo inédito: a árvore diante dela estava mudando.

Ela não sabia ao certo se era uma alucinação... Esfregou os olhos, abriu-os novamente e sim! Sim, a árvore estava mudando de uma forma incomum...

Encolhendo...?

Estava murchando.

Estava morrendo.

Em meros momentos, o vegetal se converteu em uma casca seca e sem vida, tal qual o buraco nas costas de Silja sempre fora.

Ela saltou no ar, relutou-se a gritar de alegria (teve medo de fugir de seu propósito de ficar sem respirar), a Huldra se conteve, se concentrou. Se percebeu como ser vivente, no tempo em que estava:

Em um par de segundos, realizou que o mesmo efeito da árvore, se deu com a vegetação ao redor e com os animais - que não conseguiram fugir ou evitar que suas essências vitais fossem drenadas por ela. Nem mesmo o solo ficou ileso, convertendo-se em areia aos seus pés, conforme ela se movia devagar rumo às entranhas da floresta.

A noite finalmente se converteu em trevas da mesma tonalidade da nova cor da cabeleira da garota.

E quanto à fenda antes vazia, em suas costas, agora enchia-se e transbordava borbulhando seiva e sangue, emitindo um cheiro e um chiado indescritivelmente assustadores.

- Agora... Eu sei...! - bulbiciou a jovem conforme ficava bizarramente mais bela e também mais intimidadora e, conforme sua apatia virava um sinistro júbilo. - Agora eu sinto! Mais! MAIS! EU QUERO SENTIR MAIS! - ela rugiu ao prosseguir andando e tirando a vida de tudo ao redor...Expandindo sua aura enquanto voltava para casa.

M'ma Ulrikke sentiu os ventos mudarem.

Um silêncio nauseante assombrou a floresta.

E finalmente, Ulrikke deu um grito quando se deu conta da monstruosidade que surgia lá longe... Uma criatura conhecida somente pelas antigas de sua espécie, um mito, uma lenda imemorial, um pesadelo sem tamanho e sem nome naquela era.

E só naquele instante, quando o brado de sua aluna ecoou na alma de cada habitante do seu reino e nos humanos dos povoados próximos, ela soube como uma abominação daquelas surgira.

Sim, ela descobriu... Um segundo tarde demais...

❖❖❖
Notas de Rodapé

Agradecemos por ainda estarem aqui...

Apreciadores (4)
Comentários (1)
Postado 26/10/20 16:47

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