Por anos fui samaritana
Mocinha puritana
Apaixonada, nova, quase santa!
A vontade de ser amada era muita, sufocante, era tanta
A consciência me guiava
perdi amigos e camaradas
amores intensos, paixões desenfreadas
Apenas para fazer o certo.
A decepção veio uma, duas, três vezes certeira.
Quebrou-me, deu a apunhalada, cruel rasteira.
E eu decidi não amar mais.
Decidi apenas ser quem tanto repudiei.
Perdão meu amor pelo que me tornei...
amor é piada para mim agora
Só sobra vontades fisiológicas e carnais.
Se algo der errado não olharei pra trás
Apenas passarei ao próximo nível como quem joga um jogo.
E é nessa prova de fogo que vou provar
o quão má posso me tornar
o quão inescrupulosa posso aparentar.
Perdão mais uma vez, mas é que agora, tornei-me outra.