Dez anos depois...
Pequena Estrela
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 24/10/19 10:35
Editado: 24/10/19 10:44
Gênero(s): Cotidiano Romântico
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 5min a 7min
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Comentários: 3
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Palavras: 870
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Livre para todos os públicos
Notas de Cabeçalho

Aprecieeem

tava tão criativa e o dia está tão lindo, precisava escrever.

Capítulo Único Dez anos depois...

Se passaram tantas primaveras, e hoje, desfruto mais uma primavera...

Acordo cedo, ouvindo os passarinhos cantarem em nossa janela, olho para o lado na cama de casal, vejo que alguem não está, de certo está tomando ou preparando o café para ir trabalhar, levanto-me como todos os dias, tomo um banho morno e confortante, visto uma camiseta dele, que agora é minha, sempre tenho costume de roubar as camisetas do meu esposo, você ai leitor, não me julgue.

Vou para a cozinha arejada, o sol bate iluminando todo o chão, as paredes, e as cortinas curtinhas amareladas e cheias de florzinhas, fazia um dia lindo lá fora, porém nada era mais belo do que eu via agora, meu esposo amado, estava com a camiseta de serviço, a barba por fazer que eu tanto gostava mas que ele tanto insistia em tirar, os anos passaram para ele, havia fios brancos ali e aqui em seus cabelos, porém isso lhe dava um charme, os olhos eram os mesmos de dez anos atrás, lindos e penetrantes.

Meu esposo me olha, percebe que estou fitando-o sem parar e não deixa de sorrir dizendo:

_ Não vai sentar para comer não?

Eu apenas sorrio, concordo com a cabeça, sem jeito, sempre ficava sem graça com aquele sorriso, nós dois comemos juntos, um desjejum simples, pão, geleia ou margarina e suco de laranja ou de outra fruta, aquele café bem passadinho, coisa simples que apenas as pessoas simples vê o devido valor e consegue apreciar.

Terminado o café, lavo rapido os copos, guardo tudo, tiro a mesa, sacudo a toalha com farelos de pão lá no jardim....

Ah, o jardim, o lugar mais lindo do mundo depois da minha humilde casa, se consistia em um terreno grande, reto, um gramado verde vivo, esvoaçante e que ao passar se sentia o frescor dos orvalhos gelados nos pés, mais á frente, um Ipê florido amarelo, uma linda arvore que trazia para nós sua alegria e cores vibrantes, em volta dela milhares de flores amarelas caidas, parecia até sonho, e nesta mesma arvore, um balanço caseiro feito para nosso filho pelo meu esposo.

Estava tão boba olhando nosso jardim, que até esqueci-me de dizer a ti leitor, bem, eu e meu esposo temos um filho que se chama Regulus, e sim, o nome do nosso filho foi ideia do meu esposo também, é o nome de uma estrela, meu esposo Lu é louquinho de tudo, mas fazer o quê, eu me apaixonei e agora é tarde demais.

Nosso filho tem oito anos, e está na escola, meu esposo é um bom pai, um tanto rigido e meio carrancudo com crianças, porém um pai excelente, que sempre ensina o melhor a ele, bem, olhando para o balanço no pé de Ipê, consigo imaginar meu esposo, eu e nosso filho ali, eu sentada no gramado com as petalas de flor, e meu amado e nosso fruto brincando entre si, e falando de coisas de homens, papo de garoto para garoto, enquanto os sabiás cantam a nossa volta e o sol se põe.

Estava eu, ainda com a toalha da mesa em mãos, perdida nesses pensamentos lindos, quando sinto uma mão em meu ombro que me faz despertar, era Lu, ele me abraça de lado, sem dizer muito, e passa a observar tudo aquilo, nossa casa, nosso terreno, nossas arvores e pés de flor, não deixo de sussurrar:

_ Eu estou tão feliz...

Ele nada responde, era assim mesmo, tinha dificuldade para palavras, então apenas beija-me no rosto, e aperta mais o abraço, e só depois de um tempo diz em tom baixo:

_ Obrigado, por me fazer feliz

O olho, e me viro beijando-lhe delicadamente nos labios, ele então apenas da um sorriso bobo, um sorriso que ele dá apenas para mim, pega sua mochila de trabalho, entra na garagem ao lado da casa, entra no carro, e sai, porém antes de ficar distante, consigo ve-lo mandar um beijo e um "xau" para mim pelo vidro do carro.

Bem, eu volto para a cozinha, coloco a toalha de mesa no seu lugar, e simplesmente começo a minha rotina, logo meu filho e esposo chegará para o almoço, quem sabe hoje eu não vou sair para jantar fora com eles, ou pedir pizza e comer com eles enquanto assistimos á um desenho animado.

Quem vê, principalmente você leitor, pensa que minha rotina é chata, cansativa, enjoativa, mas tu não sabes, que para mim cada dia é uma aventura ao lado dos que amo, batalhei tanto nesses ultimos dez anos, para que nós dois, eu e Lu, e agora Regulus tivessemos a vida que mereciamos ter.

Todos os meus sonhos foram realizados, namorei com meu atual marido aos dezenove, terminei minha faculdade aos vinte anos, casei-me aos vinte e dois, e tive meu filho aos vinte e quatro.

E agora, aos trinta e poucos, sou perfeitamente e completamente feliz.

Vejo agora, já na manhã seguinte, em um sabado ensolarado o mesmo jardim e o mesmo Ipê. E os meus maiores tesouros falando entre si perto daquele balanço, e não deixo de sorrir, indo até eles e lhes fazendo companhia.

E o pensamento que me vem a mente é sempre o mesmo:

Estou finalmente feliz, estou bem.

❖❖❖
Notas de Rodapé

TERMINEI

AI AMEI TANTO ESCREVER ESSA FOFURA QUE CONTEM TODOS OS MEUS SONHOOOOOOOOS AAAAA

CACETE

QUE ESCRITA MARAVILHOSA DE SE FAZER!!

ENFIM ESPERO QUE TENHAM GOSTADO

BEIJÃO DA ESTRELAAA

Apreciadores (1)
Comentários (3)
Postado 24/10/19 12:13

Eu.... nem sei o que comentar , minha doce e querida Sah. Foi sublime e lindo. Digno de ser guardado no tesouro sagrado do meu coração, que há muito te pertence

Postado 03/06/20 19:46

Que texto fofo, imaginar seu futuro com todos os desejos realizados é muito inspirador.

Agradeço por compartilhar sua obra.

Assisnado alguém que ama os ipês sejam eles amarelos, roxos ou rosas, <3

Postado 03/06/20 22:22

Seria tão bom se fosse possível. Mas não é . Você mudou. Eu mudei.

E aquele lucas que conheceu já não existe mais