Em cada barco da Praia do Tabuleiro, um nome entalhado era levado para o mar, junto do pescador, para que ele nunca se sentisse sozinho. Quando voltava para a terra firme, o nome em seu barco ganhava um sorriso e acenava, alegre e cheio de saudades, com os pés na areia e a brisa do mar no rosto.
O seu barco estava vazio, estacionado na areia sob o céu sempre azul da pintura na parede. As gaivotas de tinta a óleo voavam entre as nuvens, esperando pelos pescadores que para sempre tinham ido embora, navegar pelas ondas incertas do destino.