Eu bebo coca e olho pro lado
Não vejo janela aberta visando o espaço
Que paredes confessa a pressa, agonia do dia
De se passar uma terça-feira
Ou quem sabe um sábado;
Pra ver se descanso e saio cansado
E acabo fugindo tanto que fico acordado
Tomando alcaoide sempre que falo bom dia
Desperto bem no fim da tarde, já se era alegria
N'entanto voo num foguete, a Lua saía
E sigo à cidade fria, me vem alegria
De estar quase no fim dos versos, ao final do dia
E saindo da sílaba tônica...
Daí, eu paro e olho a parede branca de cal e já não tenho mais pressa.
E às vezes, de vez em tanto, eu consigo dormir.