Está difícil ver
A linha do porquê
Do jeito correto de ser,
O jeito que devo ser.
A razão está cinza,
Cada vez mais me entrego
A essa voz ranzinza
Que sussurra, em mim faz eco.
O animal em mim é azarado
Está preso em um corpo fraco.
Viemos para pagar,
Viemos para apanhar.
Porque essa é a carta,
Que define a minha jogada,
O fraco, azarado, louco
Com a cara ferrada.
Não deformada, apenas ferrada.
Uma piada, meu ser é,
Não é o suficiente para importar,
E nem tão pouco pra não notar.
Loucura, a palavra tabu.
Não sou louco, sou marcado,
Pela cicatriz nas costas,
O pano esconde a derrota.
A derrota que é ser fraco,
A derrota que é ser perturbado.
Azarado e esquecido,
A carta fora do baralho.