Eu gosto dos meus romances, gosto das minhas comédias românticas. Gosto de me imaginar no céu e nas nuvens com um amor tão grande que me faz cair aos pedaços todos os dias. Idealizo a ideia de uma paixão bela e cheia de tudo o que há de bom. Quero ser feliz, quero fazer alguém feliz. O que há de tão errado em ler esses romances de Jane Austen? De ver filmes com a Katherine Heigl que me apaziguam a alma e me fazem lembrar que existe alguém como eu. Ou alguém para mim. Porque é que me tens de dizer que sou idiota porque querer apaixonar-me todos os dias pela mesma pessoa como se fosse a primeira vez? Não necessito sofrer de amnésia, basta sofrer com amor.
Eu não quero palavras vazias vindas de um livro, mas quero todas as palavras que tenho direito. Quero todas as dedicatórias, flores, elogios e beijos que preciso. Quero ser alguém vinda de um filme, que não precisa descrever os passos de quem ama.
Eu quero tudo e o nada. Quero apaixonar-me de forma tão miserável que toda a minha existência se evapora, se transforma em cinzas. Quero ser eu, quero ser um nós. E quero ser o futuro.
Quero ser feliz para sempre, com todos os desafios da vida, todos os choros, brigas. Eu quero amar alguém tanto como amo os meus livros. Quero viver de mãos dadas, sexo escaldantes, viagens a Paris, Nápoles e Viena. Quero noites em Veneza num barco. Quero Luxemburgo no Inverno, o sul de Portugal no verão. Quero ter uma vida bela, cheia de amor, livros, café e do amor da minha vida.
E quanto mais olho para ti, sei que não será contigo.