Atormentado pela dualidade,
Paradoxal é minha realidade.
A alma em eterno embate,
Sempre em um entrave.
Ele me obriga a ser irracional,
Rituais sem sentido,
Estamos em atrito,
Mas não entre bem e mau.
É entre vontades,
Ambos queremos mandar,
Queremos um ao outro matar
Para sozinho nessa casca reinar.
Porém sou que escrevo este poema,
Em êxtase não há dilema,
No orgasmo da alma
A torno plena.
Contudo nada disso
No mundo é novo,
Já houvera muitos ditos loucos
Julgados assim por tolos. Entediante...
Não é como se eu fosse insano,
Não é pra tanto,
Sou o real são
Do que dizem que são.
Eu enxergo a verdade, a realidade.
Não estou preso a um dogma ou time,
Nada disso me reprime, pois é o mundo
Uma eterna repetição, isso me deprime.
Por isso quebro o fluxo, se não é massante...