Copo esvazia, copo enche. Jogo acaba, jogo ganha, jogo perde. A garrafa gira, bebem na boca da garrafa, andam tortos, falam errado, o celular nem se toca mais: não se sabe como desbloquear. Taylor mantivera-se sóbrio, mas os outros…
Se os jovens estivessem usando a desculpa de que a “noite é uma criança”, estariam se sentindo em uma creche. Copo enche, copo esvazia. Embora Sakky fosse até bares, ela nunca beberá nada com álcool na vida, pois não tinha a idade para tal, porém, a oportunidade perfeita para esquecer de tudo apareceu e ela não pode negar.
Madrugada adentro, os jovens se atiram nos colchões espalhados pela sala, sem noção de quem são, mas, quem escutava as risadas, diriam que eles estavam bem felizes. Entretanto, nossa loira, não estava.
A garota de olhos azuis estava debruçada sobre a pia do banheiro, arfando, tentando manter-se de pé. Ela não havia vomitado, contudo, isso não mudava o fato de que ela não entendia o que estava acontecendo. Os cabelos loiros ondulavam na frente de seu rosto e ela olhou seu reflexo no espelho: olhos azuis compenetrantes, da tonalidade do céu em um dia ensolarado, porém, encharcados como o mar. Vendo seu próprio reflexo oscilar entre o choro e o desentendimento, se sentou no chão, abraçando seus joelhos. A bebida não a fez esquecer nada, apenas a deixou confusa e refez todas as lembranças de sua vida.
O peito doia, mas a esperança ainda existia, junto à mão que Taylor colocou no ombro da garota chorosa.