Filhos de Hécate I- O coração de Kendra (Em Andamento)
Beatriz Ashgolden
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Tipo: Romance ou Novela
Postado: 24/01/17 00:06
Qtd. de Capítulos: 1
Cap. Postado: 24/01/17 00:06
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 5min a 7min
Apreciadores: 1
Comentários: 1
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Usuários que Visualizaram: 5
Palavras: 875
[Texto Divulgado] ""
Não recomendado para menores de doze anos
Filhos de Hécate I- O coração de Kendra
Notas de Cabeçalho

Esta história também é publicada do Wattpad.

Espero que gostem e tenham uma boa leitura.

Capítulo I Um

O policial andava pela rua escura, com apenas um poste a iluminá-la. Em seu silêncio absoluto, apenas seus passos eram ouvidos. A mão direita posta fixamente sobre o coldre preso em sua calça, enquanto ele olhava atentamente para os lados. Instantes atrás, em seu carro, vira uma movimentação estranha na ruela, e, tomado pela curiosidade, desceu do veículo e foi verificar. O movimento veio novamente, e o homem preparou-se para atirar, sacando sua 38 e mirando.

Das sombras da rua surgia uma estranha criatura- o policial já prendera monstros antes, mas todos eram humanos, nenhum com aquela aparência. A criatura gigante tinha olhos negros, sem diferença entre íris e pupila, e sua escamosa pele possuía um tom avermelhado. Quando a criatura de quase três metros urrou, o homem pôde ver seus dentes grandes e afiados, assim como sua língua bifurcada.

O pânico tomou conta do policial, que ficou paralisado. As pernas não lhe obedeciam,e , de olhos arregalados e com a arma ainda em mãos, puxou o cão, e, em seguida, o gatilho. Atirara três vezes, mas as balas atravessaram a criatura, que pareceu nem senti-las. A coragem veio, e o homem se pôs a correr, embora tarde demais. A terrível criatura o acertou com uma de suas patas, jogando-o para longe, fazendo o homem cair com um baque.

Ele levantou-se com dificuldade, a cabeça latejou. Olhou novamente para a coisa, a tempo de vê-la sendo despedaçada por uma pequena criatura. Parecia uma mulher, embora não pudesse ver claramente, com a visão embaçada devida à queda. O gigante caiu, inerte, sem braços e sem cabeça. O policial se levantou, para só então notar que sua roupa estava com respingos de um líquido preto e espesso, o mesmo que saía do corpo morto da criatura. Sangue, pensou furioso, teria trabalho para remover as manchas. A mulher, que até então estava de costas, voltou-se para ele. Mesmo no escuro, seu olhar era penetrante.

Ela andou a passos lentos até ele, que ficou petrificado ao ver sua beleza, destacada pela fraca luz do poste. O cabelo dela era negro, como se fosse a própria noite, e seus olhos eram de um azul tão claro que poderiam ser confundidos com o céu, numa tarde sem nuvens. A mulher não desviou o olhar, e ele não ousou fazê-lo. Mesmo sendo mais baixa que ele, sua presença era tão impotente que o homem acreditou que ela seria capaz de cortá-lo ao meio apenas com o olhar. Ela trazia consigo uma espada, que pendia em sua mão esquerda, melada com o sangue negro, assim como o rosto dela, que parecia maculado.

A mulher o examinou por completo, parando, por fim, em seus olhos novamente. Na mente do policial, longos minutos se passaram, e bem lentamente. Por fim, a mulher sorriu para ele com um ar irônico, e sua voz saiu suave quando falou:

-Você está bem? -Ele apenas assentiu. -Se machucou?

-Não, apenas uma dor de cabeça.

-Então tá. Eu sou Nehenia, e você? -Sorrindo, estendeu-lhe a mão.

-Sou Tyrrei. -Respondeu, aceitando a mão dela.

O sorriso dela murchou, e Nehenia cerrou os olhos e olhou para trás, soltando a mão dele. Ela olhava freneticamente para os lados, procurando algo. Tyrrei travou, seria outro monstro daquele? Nehenia virou-se pare ele novamente, os olhos exalando preocupação.

-Temos que sair daqui. -Disse, embainhando a espada de prata. -Vamos.

Ao fundo, outra criatura surgia. Nehenia pegou a mão de Tyrrei e correu. Ao ver a direção que seguiriam, ele a puxou, e a fez correr em direção ao seu carro; abriu a porta do veículo e murmurou um "entre" para ela. Arrodiou o carro e bateu a porta ao entrar. O motor roncou quando Tyrrei girou a chave na ignição, então os pneus cantaram contra o asfalto. Ele olhou para Nehenia, que mantinha os olhos fechados, como se tentasse e concentrar. Pelo retrovisor, viu uma criatura que parecia um cão enorme correndo atrás deles. Tyrrei acreditaria que era realmente um cão, se não fossem os três pares de olhos negros que possuia.

-Para onde? -Ela nada respondeu, apenas continuou com os olhos fechados. Isso o irritou. -Para onde?

-Não importa, apenas continue. -Nehenia não abriu os olhos enquanto falava, mas, quando o fez, o azul celeste brilhou quando ela falou: -Serpitae Cripto Ispira.

Das sombras da criatura, surgiram serpentes de aparência tão horrenda quanto a própria, e a prenderam. O policial arregalou os olhos e olhou para a mulher com uma expressão interrogativa.

-Segurança agora, perguntas depois. -Ele assentiu e tornou a olhar para frente. Continuou dirigindo até seu apartamento. -Ah, eu odeio aquelas coisas.

...

Frey andava tranquilamente pelos corredores da mansão, marcada pelos quadros dispostos nas paredes brancas, retratos de seus antepassados. Seu vestido preto tremulava conforme se movia. Parou frente à última porta da esquerda: seu quarto. Entrou, indo diretamente para a mesa de cabeceira ao lado de sua enorme cama com dossel, pegando o pequeno porta-retrato disposto nela. Olhou atentamente a fotografia, observando a si mesma e sua irmã gêmea, notando os olhos claros idênticos e os mesmos cabelos pretos; suas únicas diferanças eram o sinal abaixo do olho esquerdo que sua irmã possuía, e a mecha branca no cabelo de Frey. Ela sorriu maliciosamente.

-Trarei-a de volta Nehenia. Custe o que custar.

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Comentários (1)
Postado 15/02/17 01:08

Eita, é um começo bem frenético. Quando o texto começou, achei que o policial fosse um figurante, fadado a ser morto pela criatura. Mas sorte a dele ter chegado ajuda. Curioso pra ver o que vai se desenrolar sobre essas gêmeas...