Capítulo Único
Sem nome - se você quiser
Eu sou a chuva,
Eu sou o terror
Eu sou o vulto que aparece no seu corredor
Eu sou geada,
Eu sou sertão,
Sou o barulho que a madrugada projeta no seu portão
Eu sou nuvem,
Eu sou outono
Eu sou o rei ilegítimo que chegou ao trono
Eu sou fera, feroz
Eu sou trovão, atroz
Eu sou noite,
Tão calma, tão mansa
De tanto que balança, você se cansa
E você dorme, tranquila, na sua cama
E então eu sou de novo
Trauma, alma, bater
E eu ando,
Por onde seus pés andarem com você.
Não me deixe sair, não me deixe ser
- Não me imagine...
Não me deixe te castrar, não me deixe te treinar
Pois eu avanço, eu só arranho
Até eu te domar.