Tudo é Permitido
True Diablair
Tipo: Lírico
Postado: 20/03/17 22:39
Avaliação: 10
Tempo de Leitura: 2min a 3min
Apreciadores: 8
Comentários: 6
Total de Visualizações: 658
Usuários que Visualizaram: 16
Palavras: 394
[Texto Divulgado] ""
Não recomendado para menores de dezoito anos
Notas de Cabeçalho

Uma espécie de diablerização da deliciosamente mali​gna obra Permita-me, da talentosa e iinspirdora autora Lua Tríplice, a quem homenageio e dedico esta... Coisa.

Capítulo Único Tudo é Permitido

Ouvi seu chamado

Estou lisonjeado

Por ter sido escolhido

Por me ser permitido

Realizar seu pedido

Enlouquecido

Tanto quanto eu

Se fodeu

Marcamos o encontro

Então apronto

A ferramenta

Que alimenta

Nossos desejos

Que feito cortejo

Seguem adiante:

Começo, confiante.

Você, num instante,

Tem a ideia brilhante

De filmar o processo

SnapChat? Eu mereço!

Mas, tudo bem...

Pelo que vem

Que mal tem?

Ajeita o celular, neném.

Você dá o sinal:

De um modo sensual

A faca penetra

Bem indiscreta

Até o cabo...

Me acabo

A cada golpe

O sangue cobre

A lâmina amolada

Que tarada

E bem dura

Te perfura

Entra e sai

Te esvai

Expondo seu vazio

Meu lado sombrio.

Olhas estas tripas!

Que alegria

Vê-las expostas

Como respostas

Sangrentas...

Nojentas!

É tanta dor

Que esplendor!

Te rasgo mais

Mostro como se faz

Uma pessoa gritar

Tinjo o ar

Com seu sangue;

Tu tem bastante...

Amputo seus dedos

Sem medo

Pura violência

Malevolência

Eloquência

Em sequência

Enfio mais

Na frente, por trás

Tanto faz

Não é demais

Passar o metal

De forma tal

Que corte fundo

E mostre ao mundo

Sua beleza interior

O despudor

Grotesco

Tão fresco...

Continuo

Me lambuzo

De escarlate

A melhor parte?

Orgãos genitais!

Remoções brutais!

Não poupo lugar

Hoje, és meu altar

Meu rascunho

Meu Lego imundo

Peça a peça

Faço a festa

Descontruindo

Me divertindo

Te repartindo

É tão lindo

Que me comovo

Ao cortar seu olho

Que mareja fluídos

Lacrimejar risível

Líquido estranho

Uma mistura e tanto

Escárnio de pranto

Nojento, profano

Que logo escorre

Enquanto tu morre

Aos meus pés

Que ao invés

De estarem no chão

Esmagam um pulmão

Chafurdam a podridão

Pisoteiam seu coração

Poético, não?

Sorrio, então

E como último ato

Arranco seus lábios

Tua língua decepo

A cabeça decapito

Os membros pico

E o resto golpeio

Às gargalhadas, esfaqueio

E continuo, continuo

Até que, exausto, durmo

Sobre restos mortais

Que nem sei mais

Se um dia foram você:

Só DNA para reconhecer...

Depois cuido de tudo

Para sumir bem seguro

Deixando sua imundícia

Para os vermes e a Mídia

E então me despeço

Com leve mensura

Em branda ternura

Por me ser deixar

Te destroçar

Em anonimato;

O seu assassinato

Foi meu renascimento...

Tenha meus agradecimentos!

Mas, isso não importa

Para uma pessoa morta...

Foi um imenso prazer!

Pena ser só uma vez;

Para meu alívio

Ainda resta o vídeo...

❖❖❖
Notas de Rodapé

Sim, sou um pouco doente (redescobri que ainda falta muito para chegar ao nível ideal)...

Apreciadores (8)
Comentários (6)
Postado 20/03/17 23:56

Que belo poema.

Acho que imaginei demais tal ato, vamos culpar o lugar que a sociedade me colocou atual? Por favor...

Ossinhos branquinhos surgindo, parece atraente... Ou eu só devia parar de ler os seus textos (e dos outros autores no mesmo estilo mortifero) depois de assistir tantos vídeos sobre "serial killer" (e músicas também. Sério!?).

Voltando ao sua obra. Gostei bastante, palavras não tão ultilizadas no cotidiano são sua marca, né? Apreciei seu trabalho... Parabéns, caro amigo.

<3

Postado 31/03/17 22:44

Muito obrigado, Srta Shizu... Muito obrigado...

Postado 21/03/17 05:45

Devo dizer tua diablerização ficou melhor que o texto original! Hahaha bem mais violento e sangrento, e o assassino, tão mal educado, nem pediu por favor.

Estou lisonjeada com o texto que dedicasse a mim, muito obrigada e parabéns!

Tenho certeza, teu nível está bem perto do ideal...

Postado 31/03/17 22:44

Muito obrigado, Srta Tríplice... Muito obrigafo...

Postado 21/03/17 23:37

Rapaz! Esses versos eu li com a mesma sensação de quem assiste um FATALITY jogando Mortal Kombat! — isto é: a de um ludismo obscuro! ah!

O ritmo é viciante... A leitura simplesmente flui e flui e flui... É como descer de um tobagã... Só que em vez de deslizar na água, desliza-se em sangue!...

Você disse que "falta muito para chegar ao seu nível ideal"!

Mas eita! Pois bem, se está assim agora, só imagino o que será! Enfim! Meus parabéns, meu caro.

Postado 31/03/17 22:45

Muito obrigado, Sr Euryoumous... Muito obrigado...

Postado 28/03/17 18:45

Moço!!! Eu finalmente apareci aqui e olha... Que doença, hein?

Eu li umas duas vezes, só pra ficar imaginando cada pequena coisa.... Sasinhora, moço, o que foi isso? Assim fica difícil eu conseguir te alcançar. T.T

Postado 31/03/17 22:46

Muito obrigado, Srta Flávia... Muito obrigado...

Postado 04/04/17 19:02

"Srta Flávia" o caramba!! Quem é você e o que fez com o moço?!!

Postado 13/05/17 23:29

Nada menos do que o esperado do Sr! Ahuauhauha

Suas versões diablerizadas são sempre... bem, vamos deixar quieto hehehehe

Como sempre, bem escrito e tudo mais, sir!

Postado 13/05/17 23:32

SHAHAHAHAHAHAHAHAHhHA! SATAN! Ri alto vom seu comentário, Srta Julihpata! SHAHAHAHAHAHAHAHAHA!

Gratíssimo pela constante gentileza! Gratíssimo!

Postado 13/05/17 23:34

Tá aí uma reação BEM inesperada HUAUAUHAH

Que bom que te fez rir! :D

Postado 03/09/20 21:19

Mas que puro deleite temos aqui? Essas lindas descrições foram sublimes em cada doce linha!!

O poema todo é um espetáculo!! Mas teve uma parte dele que me agradou de forma ainda mais intensa!! Eis aqui:

"Remoções brutais! / Não poupo lugar / Hoje, és meu altar / Meu rascunho / Meu Lego imundo / Peça a peça / Faço a festa / Descontruindo / Me divertindo / Te repartindo / É tão lindo / Que me comovo / Ao cortar seu olho / Que mareja fluídos"

Que linda imagem! Só reconhecida por DNA...

Muito obrigada por compartilhar sua Doença conosco <3

Atensiosamente, uma criatura também portadora da Doença,

Meiling <3

Postado 04/09/20 20:53

Sua Doença é tão encantadora e inebriante quanto N aspectos que lhe pertencem, Mei! E a isso brindemos e comemoremos!

Muitíssimo obrigado pelo constante apoio e elogios! Gratíssimo!

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