A água sobe dentro de mim
o tamanho seguro:
a cintura
já não mais pode ser vista.
A água não é suja,
não é limpa,
nem doce nem salgada
mas mesmo assim
me deixa entalada na garganta.
Minhas intenções
engoli todas elas
viraram água
e agora
me afogam.
Estou perdida
em um oceano invisível
que mora comigo.
Meu caos é onda,
minha confusão
é enrolada pelo caos
e joga de um lado para o outro:
estou me afogando sem saber.
O que eu deveria saber?
Deixei tanta água acumular
e esqueci
que não sei nadar.
Estou afogada
já sinto a água invadir meus pulmões:
a perdição.