Promise
Sorelly
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 14/12/17 21:12
Gênero(s): Drama Romântico
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 1min
Apreciadores: 5
Comentários: 5
Total de Visualizações: 512
Usuários que Visualizaram: 6
Palavras: 200
[Texto Divulgado] ""
Livre para todos os públicos
Notas de Cabeçalho

Apesar de não ser o tipo literário favorito, é dedicado ao Manu ♡

Só porque eu quero dedicar algo a ele e não me dou bem no gênero terror. Então, por que não em algo que me familiarizo?

Espero que todos gostem! ♡

Capítulo Único Promise

Eu sinto a sua falta. Todo dia, o dia todo. Em cada momento me pego pensando em você, em nós dois. Hoje o nosso pequeno completou dois anos, sabia? E ainda me frustra tê-lo carregado por nove meses e ele não herdar nada de mim, entretanto, em várias ocasiões sinto-me orgulhosa por ter feito uma miniatura sua. É irônico, não?

Mas o que mais me frustra foi o fato de você não ter visto ele crescer, de não observar minha barriga crescendo a cada semana, de não ser acordado de madrugada para comprar alguma coisa – estranha – para saciar meus desejos como sonhávamos na adolescência. Me frustra saber que não tive a sua presença durante e após a minha gestação.

Quando você recebeu a carta intimando a defender o país, você me prometeu que voltaria antes do nosso pequeno nascer. Eu só estava de quase três meses, mas mesmo assim os hormônios estavam me levando à loucura, e só de pensar na possibilidade de enfrentar tudo sozinha me fez almejar desistir de tudo.

Mas as nossas famílias me acolheram tão bem. Entretanto, apesar disso, a única coisa que me manteve forte foi a sua promessa.

Então, por que você nunca voltou?

❖❖❖
Notas de Rodapé

Sejam bonzinhos com as pessoas, nunca se afaste por nada, pensem antes de agirem. Até a próxima, bunnies ♡

Apreciadores (5)
Comentários (5)
Comentário Favorito
Postado 16/12/17 06:56 Editado 16/12/17 06:59

Lúcifer me trucide ainda na Terra se não fui completamente tomado pela surpresa da dedicatória à minha casca humana! Tens minha sincera e completa gratidão por tão inesperada e estimada honraria, Srta Pam!

O texto em questão me fez, a princípio, refletir sobre o próprio termo "guerra". De imediato se imagina um membro das Forças Armadas vitimado, mas quantos policiais honestos morrem na guerra contra o crime? Ou mesmo médicos, como ocorre até hoje em Serra Leoa? São tantos e tantas que pagam o preço mais alto ao lidarem com suas batalhas diárias em prol do dever. Uma verdadeira carnificina cujas sequelas, assim como no caso dos miliatares, no fim recaem sobre as famílias (o que esta obra retrata com a costumeira primazia e sensibilidade apurada da autora)...

Seguindo e me limitando a estes últimos exemplos de guerreiros, devo frisar que assistir ao seriado Justiceiro (Punisher, no original), bem como o clipe The Wrong Side of Paradise (da banda Five Finger Dead Punch) me permitiram, juntamente com a excelente narrativa, vislumbrar e absorver todo o drama aqui desenvolvido. É incrível e gratificante como a senhorita conseguiu transcrever tanto das tragédias e consequências (ainda que com um mínimo quê de superação em um ou outro aspecto, pois a vida segue independente de todo o sangue e lágrimas que forem ou sejam derramados) de um final abrupto de uma vida em poucas palavras.

O talento e a maestria da autora nesta vertente literária sempre consegue chegar no âmago de quaisquer temas abordados, bem como no coração de quem lê. Isso é um dom e um legado. Nova e modestamente lhe agradeço por dedicar a minha maldita pessoa algo (ao meu ver) tão profundo, complexo e admirável.

Tal qual a senhorita sempre foi para mim.

Muitíssimo obrigado e meus mais sinceros parabéns por mais uma obra-prima de curta extensão, todavia grandioso significado!

Atenciosamente,

Um ser que sempre vai se afastar (até um dia enfim nunca mais voltar), Diablair.

Postado 15/12/17 09:57

Antes de chegar na parte da carta lá eu estava imaginando uma mulher seminua, acariciando o cadáver muito bem preservado de seu amado marido, um homem que morreu de amor pela sua preciosa esposa. Assim ele ficaria para sempre ao lado dela. Ou algo desse tipo.

É, talvez eu seja um pouco estranha, mas não tenho culpa se você ficou com o romance e eu com o terror quando o ovo chocou. e_e

Parabéns!

Postado 16/12/17 01:50

Fico sempre surpresa com a sua maneira de transformar o drama mais profundo, em algo belo e completamente palpável ao leitor.

Não se pode dizer que é belo o fato de uma criança crescer sem pai, contudo, a vida segue mesmo quando alguém parte. A força da mãe e seu empenho, através do apoio das famílias, lhe proporcionou que continuasse. É bom ser acolhida por pessoas especiais quando uma parte da alma não existe mais.

As guerras deixam feridas incuráveis, tanto no corpo, quanto no âmago. Aos que estão lutando, lhes resta somente sobreviver. E os que aguardam em casa, resta-lhes somente acreditar no impossível.

Histórias assim mexem comigo e esta conseguiu me deixar com os olhos marejados, pois, ao mesmo tempo que as palavras transmitiam a esperança de uma promessa ainda viva, elas também transbordavam a melancolia de um adeus.

Parabéns pela obra, Pão! ❤

Postado 19/01/18 20:06

AI! Que dor no coração! Quando comecei a ler já fiquei imaginando o final que acabou por se concretizar. Várias coisas se passam na cabeça de quem lê a obra, gera uma grande imersão e reflexão! Parabéns, moça!!

Postado 06/03/18 15:40

Ah! pra quê existem as guerras? Eu estou bem triste.

Mas foi um belo conto dramático, me faz arrepiar pensando em quantas mulheres passaram e ainda passam pela mesma situação.