Oh sim, o sofrimento do jovem poeta...
(Quão patético, quão patético...)
Oh sim, o jovem poeta e sua dor maior que o mundo...
(Quão patético, quão patético...)
Oh sim, porque todas as dores são maiores que o mundo...
(Quão patético, quão patético...)
Oh sim, o jovem e pateta poeta, o jovem e pateta poeta...
(Quão patético, quão patético...)
Oh sim, escrevendo versos como quem pendura melancias no pescoço...
(Quão patético, quão patético...)
Oh não, agora o jovem e pateta poeta procura dinheiro nos bolsos de suas calças velhas...
(Quão patético, quão patético...)
Oh não, vai contando, vai contando moedinhas, o jovem e pateta poeta...
(Quão patético, quão patético...)
Oh não, vai juntando moedinhas e pensa "Vou comprar um uísque"!
(Quão patético, quão patético...)
Oh não, ele compra e bebe o uísque com corante caramelo e açúcar e sabor artificial de uísque...
(Quão patético, quão patético...)
Oh sim, oh não, o jovem e pateta poeta, e sua solidão maior que Júpiter...
(Quão patético, quão patético...)
Oh não, oh sim, e ele esbarra com conhecidos que lhe cumprimentam e dizem: "Esse é poeta!"
(Quão patético, quão patético...)
Oh sim, e ele fica de parte enquanto seus conhecidos conversam entre eles...
(Quão patético, quão patético...)
Oh sim, seus conhecidos tagarelam sobre a vida animada deles: baladas, viagens, novidades...
(Quão patético, quão patético...)
Oh, e o jovem e pateta poeta se retira e escreve versos sobre como ele é jovem e pateta e poeta e se retira ...
(Quão patético...)