Do mel para o fel (Terminado)
Lourenco
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Tipo: Romance ou Novela
Postado: 28/08/18 10:40
Editado: 28/08/18 10:59
Qtd. de Capítulos: 1
Cap. Postado: 28/08/18 10:40
Cap. Editado: 28/08/18 10:59
Avaliação: Não avaliado
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Não recomendado para menores de dez anos
Do mel para o fel
Notas de Cabeçalho

Do mel para o fel

Capítulo 11 Do mel para o fel

Continuação do e-book "Trair é mole, difícil é ser fiel" a venda no site Amazon Kindle ou por e-mail. lrocontab@gmail.com promoção de lançamento R$ 3,00.

Neste capitulo: Cesar descobre a traição da esposa, mas era hora de ele refletir sua vida, encarar que era apaixonado pela cunhada e Cintia tinha por direito assumir sua opção sexual e ser feliz.

Na vida os caminhos se cruzam e as pessoas juram diante do altar para sempre, na alegria, na saúde e na riqueza e nunca na tristeza, na doença e menos ainda na pobreza até que a morte os separe...

Não necessariamente a morte de um dos dois, na verdade até que a morte separe os sonhos, planos, ou na real, até que a razão que os uniu venha a falecer de morte súbita, ou pior de câncer interminável no inferno que se alonga arrastando o ódio das brigas constantes no compromisso falido...

No decorrer dos anos Yasmin nunca desistiu de me azarar e sem se preocupar com a presença da irmã.

Mesmo conseguindo não me entregar de corpo e alma a Yasmin e acreditando que Cintia confiava no meu respeito por ela, eu não conseguia entender sua passividade em relação às cantadas claras de sua irmã e na sua cara.

Até aonde eu acreditava entender dentro dos cinco anos que durou a nossa relação...

Cintia e eu éramos felizes, noites ardentes, chamego durante o dia, um sempre tentando agradar o outro nos largos sorrisos, tudo dentro dos conformes.

Embora tenha que admitir que entre Yasmin e eu a química nos unia, Cintia às vezes comentava com uma pontinha de ciúme que nunca vira dois amigos combinar em tudo.

Verdade, tudo entre Yasmin e eu era mais que perfeito.

Entre Cintia e eu havia desencontros de gostos e modo de pensar, nada incomum no casamento, afinal os opostos se atraem, não é isso?

Eu não demoraria muito para descobrir que para cada ser humano existe uma única metade e quando se encontram nada impede e a química rompe todas as barreiras sociais.

Partindo do ponto de vista do destino caminhava eu para o fim do meu casamento...

Tudo começou em um desses dias que tudo dá errado; acordei pela manhã após o alarme do celular tocar, olhos fechados, zumbi andando para o banheiro...

Algo no chão me fez tropeçar e fui de cara à parede, graças a Deus a mão chegou primeiro.

Lavei o rosto, água no fogo, procurava pela mochila, ouvi barulho na maquina de lavar e lá estava.

Resmunguei alguma coisa; voltei, terminei o café, sentei na sala, tv ligada, apresentadora apresentava previsão do tempo disse.

“O domingo amanheceu com sol lindo contrariando previsão de chuva;”.

Resmunguei, “ta maluca, hoje ainda é sexta”; apanhei celular e na tela data e hora admiti que fosse domingo.

No quarto bilhete na mesinha de cabeceira dizia que ela foi à casa dos pais e não demoraria.

Resolvi sair e aproveitar o domingo, porque não à casa do sogro...

Yasmin deveria estar lá, rolaria cena de ciúme mesmo sem Cintia admitir; melhor não.

Melhor rolar uma bolinha com a turma e lá fui feliz da vida dando brilho nas pernas de pau para o campinho de terra.

Antes de me casar dei um pulinho aqui outro acolá, claro que não parei para pensar o que isso representava em minha vida ou na vida das pessoas que envolviam aqueles pulinhos inocentes.

Tipo qual homem nunca deu uma saidinha com uma mulher casada antes de se enforcar...

Deixando de ser abelhudo e voltando ao assunto; nesta manhã linda de domingo eu não chegaria ao campinho de terra...

Show, partida de futebol, cinema, etc.; compramos e pagamos caro pelo ingresso, nos acomodamos curtindo o espetáculo.

Assim é o espetáculo da traição, gratuito, sem arquibancadas, somente janelas, bares e esquinas...

O grande espetáculo ao mero prazer da plateia de abelhudos que riem, apontam; cometam e aplaudem com palpites na infelicidade do pobre que de costume é sempre o último a descobrir que é o protagonista do ridículo espetáculo.

Lá estava eu sentindo o gosto amargo da traição e descobrindo a futilidade do significado fidelidade.

De minha parte estava feliz mesmo apaixonado por Yasmin...

Dono da situação, confiante na mulher linda e maravilhosa qual fazia dos meus dias os melhores da minha vida e ela me trair, nem pensar...

Quanto eu pular cerca, não, eu olhava sem ultrapassar a faixa amarela, fidelidade era o mínimo que devia a mulher fantástica, companheira, amiga, mãezona.

Livre de duvida lá me ia ao encontro do meu pesadelo e ao virar da esquina do trevo que dava para o campinho, no quarteirão acima meus olhos avistam Cintia nos braços de outro...

Tipo, você está vendo, mas não acredita no que vê; ri da ironia e segui em frente como se estivesse em um universo paralelo...

Verdade pentelha não quis calar, sussurrou sutilmente ao meu ouvido “Corno” meus pés contra minha vontade andaram para trás de encontro à cena.

Pasmo, diante de mim estava ela feliz nos braços do usurpador, escuridão cegava, gosto amargo de fel subia e descia; aperto sufocante no peito, ar rarefeito, cego pelo ódio...

Por segundos só queria matá-los, respirei fundo, mais fundo, mais fundo ainda...

Andei de um lado ao outro sem ser vistos por eles, parei diante da vitrine e vi meu reflexo transtornado, olhando fundo em meus olhos hipocritamente como se eu tivesse algum direito a cobrei em meus pensamentos...

Como pôde fazer isso comigo, rimos antes de dormir, nos amamos na madrugada, nos beijamos felizes ao amanhecer; não pode ter sido tudo mentira... ou foi?”

Sentia-me o ultimo dos homens rastejando diante da verdade, respirei cingindo meus pensamentos a procura de razões no passado, admiti que por mais que eu a amasse, eu era apaixonado por Yasmin...

Dividido entre duas deixei a desejar; corroído por dentro, dor dilacerava peito a me questionar para encontrar justificativa que eu fosse culpado por ela estar nos braços do outro.

Deixa à cena baratinado, voltei para casa, comecei arrumar mala enquanto admitia que fosse justo ela ser feliz com quem escolheu.

Logo Cintia chegou, olhei em seus olhos.

- Espero que tenha encontrado no outro tudo que eu não tive para dar a você; coração partido, desejo que seja feliz, afinal felicidade é o que procuras nos braços dele?

Pasma com minha afirmação por segundos procurou palavras para se justificar, eu em pensamentos lamentava.

“- Porra, Yasmin e eu abrimos mãos da nossa felicidade para não magoá-la e você o que faz trepa com o primeiro que aparece”.

Cínica respondeu atiçando minha ira.

– Viu e não entendeu; eu te juro que a você sou fiel e jamais homem algum tocou em mim além de você...

- Você sabe que foi o primeiro e tenha certeza que é o único em minha vida.

Esganando-a em pensamentos, respirei, sem escolha descrevi a cena.

- Vejamos, vi e não entendi; teus lábios tocavam os dele o devorando, as mãos dele amassavam teus seios, dedos penetravam por cima de tua roupa tua vagina; claro que isso é normal entre amigos; amigos com direitos...

Cinicamente riu.

- Qual é cara, vejo Yasmin esfregar a buceta na tua boca literalmente e na minha frente...

- O senhor certinho ainda não a comeu; confesse que não consegue resisti aos encantos dela.

Calado a ouvia.

- Quanto ao que viu...; tenha certeza não aconteceu nada além do que viu, deixei claro que sou fiel ao meu marido e minha filha, aquilo que viu não representou nada, acredite...

- Depois você vai pra onde, a despesas do mês ficara maior; encontrara outra...

- Pior ainda se juntara a Yasmin, isso se ela largar o marido; acredita mesmo que ela te será fiel; acredita mesmo em fidelidade?

Pasmo tentava imaginar o tipo de otário que eu representava para ela e ala continuou.

- Sossega homem, nascemos um pro outro, um escorregão aqui outro lá não muda nada as nossas vidas, somos e seremos felizes, acredite nisso.

Coloquei a mão cerrada no bolso, não respondi, apanhei a mala, ela me tomou.

- Por favor, por todos os anos de felicidades que eu tive ao teu lado...

- Por favor, da uma volta, ande e esfrie a cabeça, volte logo, o almoço não demora e depois nós faremos amor e esqueceremos tudo, por favor, acredite você foi o primeiro e o único homem em minha vida; eu juro por nossa filha...

Tudo era possível, menos admitir que não fosse um homem bolinando minha mulher, infelizmente tudo caminhava para ser uma usurpadora, pior ser corneado por uma mulher.

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