Uma fumaça negra galgava até a lua, em formato de cogumelo. Era tão alta que podia ser vista de todas as regiões do Rio de Janeiro.
O que as pessoas não sabiam, era que de dentro de todas aquelas chamas, uma criatura monstruosa surgia.
Ao se deparar com uma pequena poça de água, o monstro pararia para contemplar seu próprio reflexo.
A pele enegrecida não deixava as orelhas pontiagudas despercebidas, tão pouco os cabelos dourados. Asas de morcego lhe acolhiam e a mão esquerda havia tentáculos.
— General? — Fernando chamava olhando um estranho dragão que havia na cauda de rocha, a criatura mitológica estava pronta para atacar, no entanto hesitava.
— Não foi nada comparado a Angra dos Reis, mas funcionou. Eu não só assimilei o cabo, como evolui e controlei toda aquela força.
— O único problema é que, estou morrendo de fome. Tanto a literal, como a sexual.
— O que o senhor está...
Fernando interrompeu-se ao ser preso pelos inúmeros tentáculos do braço esquerdo de seu general: — Mas você não serve para ser meu alimento. É de metal!
— Senhor! Pare com isso, perdeu o juízo?! — Fernando gritava tentando se soltar, mas sem sucesso.
— Por outro lado! — uma bola de fogo se formou na mão direita de Rocha. — Posso testar a minha força!
Ao lançar as chamas, ele soltou Fernando que recebeu o ataque sem defesa alguma. Outra explosão, infinitamente menor aconteceu e Rocha, ria ao ver seu novo poder.
Chifres, que eram curvados para cima, nasciam em sua cabeça. Eram feitos de marfim o mesmo dos elefantes e de cor opaca, quase branca.
— Meus poderes ainda estão se desenvolvendo. Sinto que a minha idade biológica de alguma forma diminuiu, também posso cheirar. O que é isso? Mulheres ao norte!
Rocha oscilava entre um ser humano e uma verdadeira besta.
— Ao noroeste, existem dois mutantes. O cheiro é parecido com as mulheres, mas são bem mais novas. Vou me alimentar com elas primeiro.
Fernando erguia-se com certa dificuldade, no entanto conseguiu ficar de pé.
— Mate-o. — Rocha ordenou e o dragão de sua longa cauda cuspiu um mar de chamas.
O Android escapou ao levantar vôo, no entanto, não foi alto o bastante para escapar de ser preso pelos tentáculos, novamente.
— Não adianta! Eu tenho a super força e também isso!
Assim que o general gritou uma poderosa descarga elétrica foi liberada através de seus tentáculos, ele só teve o trabalho de deixar o corpo de Fernando cair no chão, inerte.
— Ainda está vivo. Em nome da nossa amizade, vou deixar as coisas assim. Nunca mais cruze o meu caminho!
Rocha gritou enquanto ocultado pela fumaça, voava na direção noroeste. A mesma do hospital, onde César estava.