Os jardins e praças já não são testemunhas do amor.
Com isso, emudeceram as aves e as ervas hoje, são daninhas.
Há cactos a espreitar pés descalços e alegres.
Os enamorados que ainda restam sentados em bancos velhos,
como velho está o sentimentalismo se assustam e se vão.
Latente e invisível, esmorece o jardim idílico,
não existe quem suporte ao passar por ele,
o cheiro podre dos cadáveres apaixonados e
do agouro das aves negras esvoaçando pedaços de poemas,
de quem ainda tem coragem de tentar estancar a sangria
e talvez , quem sabe, ver romper de novo no jardim, a alegria