Parando para observar
esse meu denso desassossego...
— In-su-ces-so!
de querer-te, oh intocável!
Teus saberes, teus sabores.
Oh infindável, inflamável e infeliz desafeto!
Mas amar não é isso?
(e não disse que te amo!)
Bem, o que é o amor mesmo?
Do jeito que a onda veio, ela levou.
De volta. Tudo sufoca.
E eu alivio o peito
do jeito que pude aceitar.
Amor é dor, é sôfrego.
Eu só me arrependo do beijo que não pude roubar.
Pronto, pronto! Ponto final.
Ponto pronto, engano.
Pronto, pronto! Agora vai!
Finalmente eu vi que desejar tanta pedância não é amor
É falta dele, no quesito “pessoal”.
E o encanto acabou.
E minhas convicções se fortaleceram.
E eu te vi outra vez.
Apertamos as mãos,
Você deu aquele abominável belo sorriso
Com os olhos bem penetrados nos meus.
Meus pés se elevaram do chão de novo
E eu quase me enganei
Quase jogando todas as minhas antigas
e mais corretas certezas no “talvez...”
Graças a Deus não fiz isso
Até porque você não se estendeu
Talvez porque exista mesmo um pedante
(que fique claro que não sou eu)
Talvez porque todos os “teus”
Não sejam nem nunca serão os “meus”.