A vã violência
Não corrói o amor,
Apenas reforça a valência
Que suporta a dor.
Esperança para se opor
Contra uma repressão
Vinda de um coração
Assolado pela escuridão.
Diante do despotismo
Nós conspiramos,
Nas sombras da mente
Nos atinamos.
Motim, revolução,
Desrespeito, revolta,
O nome que dás
Pouco importa.
Pois há de chegar a hora
Em que a lucidez
Paire sobre a árida terra
Da insensatez.
No fim as chamas irão brilhar
Nos rostos daqueles
Que apenas querem
Poder amar.