Assim que consegui fazer N sair de lá, corri para perto da minha deusa. O sangue já havia ensopado o chão. O tiro acertou seu coração. Em meus momentos de consciência, eu me perguntava se matá-la seria minha chave para a liberdade. Agora posso dizer, com convicção, que não adianta. Nada pode quebrar nossa ligação.
— Por favor, me perdoe. Eu não poderia deixar que matasse um inocente e sujasse suas delicadas mãos. — Agi sem uma ordem, matei aquela que mais amei. Não há lugar para mim no mundo. Eu devo ser punido. — Sei que não sou digno, mas agora que tudo acabou, poderei ficar ao seu lado pela eternidade.
Como na primeira vez que a vi, carreguei seu corpo inerte em meus braços. Mesmo sem vida, ela continuava linda. Sua pele alva brilhava e até mesmo seu sangue era diferente, parecia mais vermelho. Tudo era de uma beleza extrema.
Com cuidado, consegui coloca-la na cadeira em que N estava amarrado antes. Peguei a arma, ajoelhei-me aos pés de minha eterna rainha e, mais uma vez, lhe jurei lealdade. Posso não ter sido o melhor brinquedo, o pior monstro ou o melhor amante, mas eu a amo, e sempre amarei. Foi por isso que decidi me juntar a ela. Com a cabeça em seu colo, apertei o gatilho.
Seremos eternos, no inferno.
O ultimo nome da lista nunca foi riscado, os ossos de todos os outros não foram encontrados. Cha Hakyeon viveu, enquanto Kim Wonshik morreu. A história da mulher que criava um humano não se espalhou. Com o tempo, até mesmo N evaporou.
O destino não sorriu, mas ele definitivamente se divertiu.