Quando o meu filho do meio ajeitava a gravata para a cerimônia de primeira comunhão, me veio a ideia de, eu mesmo fazer o álbum de fotos do evento.
Além de me livrar das maçantes levantadas, sentadas e ajoelhadas do rito da ocasião, me livraria de uma conta pesada...O preço que o fotografo oficial da igreja estava pela hora da morte.
E me meti na empreitada, já que os amigos do meu filho estavam presente na cerimônia, aproveitaria e os colocava no pacote também, de graça.
Bom, não é à toa que um cara se torna fotografo oficial de um evento, para ele, o padre até fazia pose.
O figura era tão mal caráter que, quando eu me preparava para uma foto espetacular, ele passava na frente da pessoa e jogava os flashes de propósito, em instantes impróprios.
Sou um sujeito calmo e temente e, por estar em solo sagrado, cheguei bem perto do sujeito e, quase cochichando, perguntei:
_Amigo, já ouviu falar em traumatismo craniano???
_Oi...
_Se me estragar mais uma foto, vou te passar a rasteira e, para Deus, isso soará como legitima defesa.
Ninguém ouviu nada, ajeitei o nó da gravata e voltei às fotos, o sujeito desapareceu da minha vista.