Não há nelas algo que eu queira fora o sexo e a dor física. Eu as vejo se debruçar, observo disfarçadamente então imagino horrores com elas antes delas ajeitarem a postura e eu voltar com os meus afazeres. A parte moral em mim me diz que sou um nojo, sendo que eu discordo disso. Eu sigo as regras, mas a natureza não comete erros. Entende? Ela não erra.
Eu não sei seu nome, porque eu não me importo em descobrir ou lembrar. Chamaremos ela de Fabiane. Ela passou por mim hoje. Não trocamos palavras, apenas olhares. E antes de eu a imaginar nua, com o olhar obsceno e a cara vermelha de tantos tapas, eu a vi morta no corredor. Sangue ensopava suas costas enquanto eu segurava fios de seus cabelos, todos sujos de sangue já seco.
Fabiane anda e eu a vejo se afastar de mim, como uma nuvem formosa.