Não posso pensar que posso conquistar um coração quando ao meu próprio eu tenho receio em aceitar. Não posso acreditar que posso dominar um novo idioma quando mal entendo o que uso para me comunicar. Bagunçado, como meu cabelo, é esse emaranhado de sentimentos. Antes de Marte, veio a lua. Antes do seu amor, tenho que ter o meu. Porque, antes do outro nascer para nossa consciência, nós havíamos nascido. Se nós, que nos conhecemos e interagimos conosco a mais tempo que qualquer um não conseguirmos encontrar motivos para se amar, como que podemos esperar despertar em outro esses sentimentos?
Talvez o amor, em sua parte mais pura (e mais verdadeira), venha do que faz parte de nós, sem sermos nós.