O dia está lindo lá fora e ainda estamos enrolados em nossos lençóis em plenas 3 ou 15 horas de um sábado à tarde.
Não há nuvem no céu senão algumas poucas gatas (ou ovelhas?) pingadas bem ao fundo, branquinhas feito algodão. O clima está quente, o sol brilha forte e as brisas de verão que tanto gostamos tomam conta da cidade. Continuamos deitados, enrolados nos lençóis.
Você se aconchega nos meus braços, a cabeça descansa em meu peito. Você parece um anjo.
— O dia está lindo lá fora, deveríamos sair e fazer algo. digo, no alto da minha preguiça vespertina.
— Sim. Você concorda, sem mover um músculo.
Faço menção de levantar, recebendo uma manha como resposta. Você coloca mais de seu peso sob meus braços, tentando fazer com que eu não consiga sair. Eu sou mais forte, mas eu cedo. Você é mais persuasivo.
— A gente pode fazer algo outro dia. Da próxima vez… — O tom que soa como domingo, a tristeza de um momento feliz acabando, entrega o motivo do grude.
— Eu estou quase voltando, bem.
— Eu sei. Mas saber disso não mata a saudade. — Você se agarra mais forte em mim. — Isso mata.
Você vence de novo.