Estou cansado de estar cansado de estar cansado.
Essas abstrações sem fim que não dão em lugar algum.
Sim, sim...
O ocultismo, etc...
Mas então apenas o dinheiro rege esse mundo do cão?
Sim, sim...
Escrever um livro bosta sobre a bosta de uma eternidade bosta.
Sim... Ou não?...
Que prazeres, quando o ideal é um esmagamento
uma maldição imaginária da esquizofrenia de si?
Correr, correr...
Correr com poemas, correr com tripas e ossos...
A alma em algum lugar entre
A loja do Mc Donalds
E as máquinas que cospem refrigerante...
Então devo estar isolado como um bicho?
Sim...
É sempre melhor...
A energia social... A consciência ampla e funcional...
Voltar aos velhos tomos de Filosofia...
Mas então apenas o dinheiro rege esse mundo do cão?
Uma pilha de amores mortos.
Uma pilha também de patifes que querem acabar comigo.
Pois que me matem. Se conseguirem.
O que terão ganhado?
O que terão ganhado ao me matar?
Eu mesmo, suicida, o que terei ganhado, ao me matar?
Nada senão a soma do mesmo círculo
E ainda o divino para o qual os olhos se cegam.
É que tudo queima no inferno da solidão.
E há esta pilha de amores mortos e papeis em brancos
Para serem preenchidos por infinitos monstros
e flores.