Unravel (Em Andamento)
Vitória Turbiani
Usuários Acompanhando
Tipo: Romance ou Novela
Postado: 26/05/16 22:17
Editado: 02/02/18 19:32
Qtd. de Capítulos: 1
Cap. Postado: 26/05/16 22:17
Cap. Editado: 02/02/18 19:32
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 5min a 7min
Apreciadores: 3
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Palavras: 851
[Texto Divulgado] ""
Não recomendado para menores de dezoito anos
Unravel
Notas de Cabeçalho

Olá! Cá estou eu com mais uma obra. Espero do fundo do coração que gostem/apreciem ela. Será um Romance Novela repleto de reviravoltas, mistérios e, com certeza, picos de climax bem intensos (pelo menos, é o que tentarei proporcionar para vocês).

Essa história está sendo criada totalmente por mim, tendo foco na cultura católica. Caso não goste textos que tenham essa "vibe", por favor, não leia. Irei meio que pegar pesado em algumas coisas, acho. Pretendo tornar essa trama algo impactante, então, já os deixo avisados que terão muitas, muitas, cenas que podem ser bizarras e extremamente gores.

Por fim, boa leitura!

Capítulo 1 Prólogo

Paris, França – Catedral de Notre Dame. Dia quinze de Dezembro de 2000.

Passos pesados e rápidos podiam ser ouvidos no corredor principal da grande basílica; o padre, denominado Joseph, mantinha uma expressão assustada e segurava um volume bem grosso da sagrada Bíblia. Os olhos, castanhos, captaram logo a sua frente, no enorme altar, várias figuras encapuzadas e, na mesa sagrada, uma mulher que não deveria passar dos vinte e cinco anos. Engoliu em seco e continuou a sua caminhada, soando frio.

Inúmeras questões turbilhoavam sua mente. Porém, tratou de coloca-las de lado; afinal, o próprio bispo Dom Vincent Dousseau tinha lhe convidado para participar de uma cerimônia importante. Todavia, estranhou o clima tenso desde o momento que chegara na renomada Catedral de Notre Dame. Guardas estavam vigiando todas as entradas e mal havia iluminação no local – em seguida, depara-se com diversas pessoas usando mantos negros da cabeça aos pés.

Venha, Joseph. Será uma importante comemoração que faremos hoje à noite”, foi o que Vincent dissera a ele. O padre não poderia voltar mais atrás, infelizmente, mas daria tudo para conseguir sumir dali. Algo dizia-lhe que era para fugir e ir o mais longe possível. Tarde demais.

— Padre Joseph! Seja muito bem-vindo à nossa celebração! — Ele ouviu Vincent proferir em voz alta. Todos os capuzes viraram-se para ele; apenas a mulher permaneceu imóvel. — Venha, venha! Aproxime-se. Estávamos justamente esperando pelo senhor.

Novamente o clérigo engoliu em seco. As perguntas bombardeando sua cabeça fizeram-na começar a doer. Estava começando a ficar com medo. Não, na verdade, estava ficando apavorado. Mordendo a própria língua ele virou-se e começou a correr, visando sair da Catedral e, se possível, até mesmo do país.

Porém, seus planos foram impedidos no exato momento em que algo o puxou pelo colarinho. Por dois segundos fora sujeito de sufocamento, tamanha a força da pessoa ou coisa que o arrastou para trás num piscar de olhos. Numa velocidade desumana.

— Ora, Joseph. Não me desaponte, por favor. Meus convidados esperaram exatos dois mil anos para realizarmos nosso ritual. — Vincent riu, olhando diretamente para o padre. — Não precisa ter medo algum, você apenas irá rezar. Rezar para que a criança que nascerá a alguns instantes tenha uma vida saudável. Uma longa vida saudável.

Piscando, o velho padre se recompôs e cometeu um grande erro. Seus olhos castanhos encontraram as brilhantes orbes esverdeadas de Vincent. Um sorriso brotou nos lábios de Joseph, meio abobado. Parecia estar sendo controlado.

— Ora, por que não me disse isso antes bispo Dom Vincent? É apenas um batizado, não é? Rezarei pela criança... Sem nome...? — O tom de voz do clérigo parecia o de um bêbado.

— Oh, que descuido eu cometi! Claro que a criança terá um nome. Ele se chamará Noah!

Após dizer o nome que pertenceria à criança, a mulher começou a se contorcer e a soltar alguns gemidos de dor. Enquanto isso, Vincent mudava totalmente sua expressão: seu sorriso rasgava sua face de orelha a orelha e mantinha um olhar fixo na mulher, como se fosse capaz de devorá-la viva.

— Ave Maria, cheia de graça...

— Cale-se, padre imundo! — Ralhou Vincent. — Você irá rezar para outra entidade; uma mais forte e que se alimenta das trevas. Afinal, eis o filho dele que irá nascer!

O bispo, então, entregou para Joseph um pedaço de papel bem velho. Nele, estava escrito algo relacionado à rituais macabros. Algo a ver com adoração à demônios. Entretanto, o clérigo parece não notar nada diferente. Apenas pegou o papel e começara a ler em voz alta, come se fosse uma benção. Os sete encapuzados elevaram, então, suas vozes com a do padre, como um coral sombrio.

— Isso, isso! — Vincent ria enlouquecidamente enquanto ouvia as vozes se elevando cada vez mais.

As luzes restantes apagaram-se totalmente num instante e o grito de dor de uma mulher ecoou pela Catedral, seguido de uma risada extremamente sinistra e diabólica. O cheiro férrico de sangue e o choro de uma criança fizeram com que Joseph volta-se a si mesmo, assustado e tremendo.

— O que houve...? Esse cheiro... O que aconteceu aqui?! — Gritou, entrando em desespero no instante em que as velas voltaram a se ascender.

Os orbes castanhos do pobre padre captaram uma enorme mancha de sangue no local onde a mulher se encontrava, junto a um borrão de cinzas. As pessoas encapuzadas haviam sumido, assim como Vincent. Apenas uma mensagem havia sido deixada, escrita com sangue, na parede da Catedral.

E nela estava escrito: “o verdadeiro Rei voltará”.

Enjoado, Joseph virou-se para o lado e caiu de joelhos no chão. Sem conter-se, deixou que seu organismo se livrasse de tudo que comera no dia passando um longo minuto vomitando e tento ânsias de vômito.

E então, o choro de bebê voltou a chamar-lhe atenção.

Joseph levantou-se e olhou para a criança, nua e ensanguentada, sentindo um arrepio lhe percorrer a espinha. Pensou em leva-la e jogá-la no Rio Sena mas estranhamente um sentimento de compaixão brotou em seu coração, mesmo sabendo que tal criança poderia ser alguma besta.

— Irei cuidar de você, pequeno. Irei cria-lo como uma criança normal, protegendo-o de quaisquer ameaças. Humanas ou não...

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Postado 01/07/16 08:10

SATÃ! FINALMENTE ALGO SEM AMOR, ROMANCE, ARCO-ÍRIS E AFINS! PELO INFERNO, CHEGUEI A ACHAR QUE ESTAVA NA ACADEMIA DOS URSINHOS CARINHOSOS!

Como senti falta de uma obra com este tipo de temática, mais pesada, sobrenarural e literalmente diabólica! A proposta da sua criação, bem como o potencial da mesma para o escabroso, épico e memorável é imensa!

Gostei bastante da narrativa, que me soou fluída e tensa. Detalhamento deliciosamente macabro que também chama a atenção, uma amostra do que virá e que aguardarei ansioso! Espero sinceramente que possa continuar a nos deleitar e surpreender com esta bem-vinda e polêmica história!

Parabéns entusiasmados e sucesso para esta sua sombria empreitada, Srta Vitória.

Atenciosamente,

Um velho e isolado conhecedor das Trevas, Diablair.

Postado 04/06/16 23:17

Nossa, que plot interessante! Tenho que confessar que quando eu li nas notas "vai ter muito gore" eu tremi de excitação :3

Sua narração ta fantástica também. Esbanjando detalhes que faz como se a leitura se tornasse um filme. Ta muito bom isso. Aguardarei ansiosa :D

Postado 07/08/16 12:44

Wow! Que prólogo! Gostei muito de tudo, e sinto que a fic terá boas surpresas, visto que um enredo desses combina mais com os séculos passados, mas o fato de ser atual trará boas expectativas, e um toque único para a história.

Mas cadê os outros capítulos????? NO PUEDE D: eu quero mais! Como assim você ainda não atualizou? Vai matar seus leitores de vontade, é? ;-; Sério, já deu pra sentir toda a pegada sobrenatural, e que vai ter muitas aventuras e suspense. Um prólogo excelente, e muito bem escrito! Parabéns pelo capítulo, ficou ótimo!

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