Ela era doce,
tinha gosto
de bala de canela.
Via a vida pela janela,
vivia inquieta
com esse mundo aquarela.
Calada em meio ao tumulto,
atormentava a calma
sem pena.
Ela era pequena,
mesmo assim transitava
naquele rio de almas.
Às vezes se assustava
com a monotonia
das pessoas que via.
Sentia que faltava vida
e por isso chorou,
pois sempre amou o cheiro de alegria.
Ela amava a vida
como uma amiga,
por isso tornou-se infinita.
A menina doçura
coloriu a avenida da tristeza
com a tinta da vida.