Hoje deitei a cabeça no travesseiro e lembrei dos dias em que o dividi com você. A fronha que eu estava usando ainda era cor de rosa, bem como o lençol de minha cama. Lembro-me que naqueles dias eu estava tão boba, que eu queria mesmo ter tantas coisas cor de rosa. Mas hoje a fronha é de um leão, o lençol é lilás e não há você aqui para dividir a cama comigo num abraço aconchegante.

Hoje existe alguém que preenche o vazio que você deixou quando foi embora de novo, porém eu sinto que não é um preenchimento completo. Sinto que você é o único que consegue me equilibrar. Sinto que em você eu consigo ter a paz que meu coração pede sempre que se desespera, que sente medo ou desanima. Mas também sinto que não conseguirei te conquistar mais uma vez.

Dizendo isso, parece que continuo aquela boba completamente apaixonada por ti. Talvez seja mesmo, quem sabe. Nem eu sei. Após o rompimento de algo que eu acreditei que perduraria por tanto tempo, você se tornou uma das piores incógnitas na equação que eu chamo de vida. Não sei como te encontrar. Não sei chegar à solução.