Não é como se fôssemos aceitar para sempre uma situação. Claro que perdoamos uma, duas, três vezes, ou um pouquinho mais se for necessário, mas chega uma hora que simplesmente não dá para continuar. Aquele momento que dizemos: chega, não é? Já deu o que tinha que dar. E então temos que nos preparar para o adeus. É difícil reconhecer que está na hora de ir embora.
Há limites para todas as coisas, até mesmo no amor. Nele, na verdade, é que se deve ter mais cautela. Muitas vezes – se não na maioria – o amor cega, e nos recusamos a aceitar esse fato. Mentimos para nós mesmos, criando uma barreira que nos mantém distantes do que realmente está acontecendo. Sabemos, mas simplesmente não queremos admitir. O amor pelo outro nunca deve ser maior do que amor que sentimos por nós mesmos. Devemos ter em mente o valor que damos e o valor que recebemos – reciprocidade é algo sério.
Se você sente que ama mais do que é amado, que doa mais do que recebe, que sente mais do que devia, repense no relacionamento que você está. Algumas dores não valem a pena de serem sentidas. Algumas lágrimas não merecem ser desperdiçadas. Alguns questionamentos não precisam de resposta. Alguns amores não merecem tanta atenção.
O amor nem sempre é o mocinho, muitas vezes ele pode ser o vilão.