Seus olhos transbordavam o mais puro ódio.
O sorriso amoroso foi substituído, aos poucos,
por um digno do próprio Coringa.
Havia sangue por toda parte. A árvore de natal estava decorada com tripas, globos oculares e bolas – quatro, para ser mais exata. O cheiro pútrido e inebriante dominava todo o cômodo. No topo da árvore, uma estrela feita a partir de unhas e dentes arrancados. Na mesa jaziam dois corações gélidos e um pouco mastigados, ao lado de uma taça que transbordava sangue.
No meio da sala, envolta em um manto de pele recém-arrancada, uma criança sorria enquanto deslizava uma faca por seus lábios, deixando um rastro macabro de sangue em sua bochecha.Era Natal, sua época preferida. Estava tão feliz, que deixou dois crânios multilados nas meias que estavam penduradas em cima da lareira, antes de rumar para o seu quarto.
O senhor Noel teria uma ótima surpresa.