O som do mar enchia meu coração com a mais pura sensação de paz e tranquilidade enquanto eu respirava profundamente e o vento bagunçava meus cabelos úmidos pela água salgada. Os dedinhos de meus pés afundavam-se na areia cristalina da praia e, vez ou outra, eram beijados pelo líquido salso.
Dois metros de mim, o som das notas suaves de um violão acompanhado com um cavaquinho chamavam-me para iniciar um canto brando, à luz do brilhante Sol que roçava em minha pele já levemente bronzeada por ele.
— Venha, pequena dama do mar. Falta sua voz na nossa melodia.
Então, virei-me e sorri. Estava em meu paraíso, meu mundinho, meu habitat, meu reino.
Quando natureza
Sou só vida e percepção
Sou a liberdade
Sou só vento, sol, coração
Vendo a vaidade
Se perder na imensidão
Sou só vento, sol, coração.