Olá senhorita Alice
Yvi
Tipo: Lírico
Postado: 02/05/17 13:20
Editado: 14/06/22 01:34
Gênero(s): Drabble Drama
Avaliação: 10
Tempo de Leitura: 37seg a 50seg
Apreciadores: 10
Comentários: 7
Total de Visualizações: 1364
Usuários que Visualizaram: 12
Palavras: 100
Não recomendado para menores de catorze anos
Capítulo Único Olá senhorita Alice

Olá senhorita Alice

Tome bastante cuidado com o vidro

Não se machuque além do necessário

Reflita-se

Olá senhorita Alice

Na fragilidade da porcelana

Quebre e conserte

Reconstrua-se

Olá senhorita Alice

Sua solidão é tão sedutora

Deslumbrante como uma alma quebrada

Abandone-se

Olá senhorita Alice

O seu falso sorriso me encanta

E a lágrima escondida fascina

Descontrole-se

Olá senhorita Alice

O seu corpo parece tão pálido

Branco como uma folha de papel

Apague-se

Olá senhorita Alice

A sua melancolia transborda

Ultrapassa todas as barreiras

Afogue-se

Olá senhorita Alice

Realmente tivemos uma bela eternidade

Mas finalmente chegou a hora do fim

Renda-se

❖❖❖
Apreciadores (10)
Comentários (7)
Postado 02/05/17 21:19

Muito divertido de ler, simples e sugestivo (no meu pounto de vista). Que bela criatividade, moça. Parabéns, poema incrível.

<3

Postado 02/05/17 22:41

Muito obrigada! ^.^

Postado 03/05/17 21:34

Um tanto caótico sim, porém isso permite ainda mais liberdade de interpretação a quem lê (ouso dizer que instiga a isto, tal qual um enigma de Esfinge). E isto por si só já vale o mérito tanto da leitura quanto da concepção da obra ao meu doentio ver (pois minha interpretação foi Hellraiserica).

Parabéns por não temer inovar, Moça! O caos lhe cai bem...

Atenciosamente,

Um ser um tanto caótico, Diablair.

Postado 04/05/17 11:52

Sua interpretação é sempre a mais doentia de todas! <3

Obrigada, moço.

Postado 04/05/17 16:27

Sempre não, pois a Moça também lê e comenta as coisas no site...

Postado 19/05/17 13:26

Nada mau, pra variar.

Congratz

Postado 19/05/17 13:56

:)

Postado 31/08/17 15:02

Acho bem interessante a maneira como esse poema foi construído, uma crítica à própria Alice seguida de uma ordem para cada esclarecimento. E se for ler novamente e refletir, é como se fosse o passo a passo antes de chegar ao fim; como se fosse um último diálogo ante ao espelho para posteriormente ir nos braços da personificação da rendição.

E seguindo essa lógica, posso dizer que Alice do começo é a Alice que está no fundo do poço tentando se cortar; uma reflexão (no significado de refletir luz) da própria realidade. E assim vai sucedendo os detalhes: ela está quebrada, tal como uma porcelana; solitária, onde abandona seus conceitos/princípios; vê sua imagem refletida, descontrole; corpo pálido, perdendo-se a vida.

E por fim, posso imaginar que o nosso eu-lírico nada mais é que a própria Morte (se bem que a teoria de uma dupla personalidade também cairia muito bem aqui, sendo o eu-lírico a personalidade do mal). De qualquer forma, sabemos como foi o fim de Alice.

Muito bom, Gemada!

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Postado 31/08/17 15:10

Eu tenho um carinho particular por esse poema. Minha segunda Alice, a mais amada. Eu imaginei a opção de uma segunda personalidade, uma que gostou de quebrar/destruir cada parte da Alice.

Muito obrigada! <3

Postado 15/11/17 21:46

Achei sensacional, o modo como é escrito e esquematizado <3 apaixonante, sinceramente <3

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Postado 15/11/17 22:06

Obrigada!

Postado 11/12/17 21:45

Show! Só acho que só descordei das questões "abandone-se" e "apague-se". Pareceram "conselhos" tão negativos, enquanto que os outros tiveram um toque mais para "querer o bem"...

Postado 11/12/17 22:06

Obrigada! <3

Postado 14/06/22 19:23

É possível ler esse texto com representações e entendimentos diferentes a cada momento ou emoção. Pode ser lido de trás pra frente e a intenção se mantém intacta.

Texto maravilhoso.

Postado 15/06/22 01:27

Obrigada! <3