Tudo bem, querido, isso não me machuca mais.
Não é como se seu sorriso ainda tivesse o mesmo efeito em mim ou se fizesse tanta falta como seus beijos fazem. Não é como se eu chorasse à noite por não lembrar de sua voz e nem de seu cheiro, ou muito menos como se toda vez que eu visse uma xícara de café pela manhã, eu lembrasse de você. E anjinho, seus cafés pela manhã significavam que tudo iria ficar bem – mas não está tudo bem.
E isso só me faz pensar que eu apenas queria poder deitá-lo junto a mim num abraço confortável, beijá-lo enquanto nós nos amavámos, afagar seus cabelos e ouvi-lo falar sobre o que aconteceu de fantástico no seu dia. Eu queria muitas coisas envolvendo você, mas infelizmente eu não posso ter nenhuma delas. E isso dói, anjinho, porque é um aperto no peito e uma angústia na alma que eu não desejaria para ninguém, já que eu não te sinto, não como sentia antes – isso faz com que eu sinta as lágrimas escaparem enquanto tento fingir que você não faz falta e que vai ficar tudo bem.
E dói mais ainda por saber que eu não o tenho mais, pois tudo o que sobrou de você foram apenas memórias.