Um dia me perguntaram o que eu faria se pudesse voltar no tempo. E eu respondi que recusaria. Certamente o eu de hoje é a evolução do eu de ontem, não quero reparar alguma falha ou ficar feliz mais uma vez por algo bom. O tempo continua, a vida continua, eu continuo. Se eu falhei, eu tenho orgulho de dizer que falhei, porque se não tivesse falhado, oras, o eu de hoje seria diferente do que sou. Eu fui eu, eu sou eu e continuarei sendo eternamente. Mas, afinal, o que é ser eterno? É nascer. Assim que nasci, eternizei-me.
A questão não é você querer se eternizar para o mundo, por um grande feito ou não. Você vir ao mundo, por querer conhecê-lo, não significa que você deve marcá-lo. Seja isso de forma ruim ou boa. Quando você nasceu, você se eternizou como você. Não há mais ninguém que possa substituir esse posto, queira você ou não. Você foi você, você é você e continuará sendo eternamente. E por que eterno? Porque a eternidade somos nós, até mesmo depois que a vida acabar, pode ter certeza. Você não precisa marcar o mundo, você precisa marcar o seu mundo. Eternize-se.