De minha janela eu via o mundo em colapso. As diversas açoes imprudentes de magos inexperientes trouxeram para nosso mundo um inimigo terrível.
Aquele dragão ancestral, cruel e sedento de poder não poupava ninguém e nenhum mundo que pisava.
Apenas se satisfazia e depois o apagava.
Mas proteger este mundo, onde pessoas comuns nada tem a ver com as imprudencias de jovens tolos, era meu dever.
Eu sabia que não voltaria daquele confronto e confiei a meu melhor amigo o segredo da Ordem.
Fui ao centro do local , com um feitiço já preparado. O dragão me olhou com desprezo, como se eu ali fosse menos que nada.
Aquilo me irritou mas eu tinha que me concentrar. Eu era o guardiao. E fui liberando encantamento apos encantamento.
O dragão ria, perguntando qual a vantagem de se fazer um esforço inutil.
Seu ego seria sua ruína.
Pois todos esses seres da escuridão se alimentam do medo e da dúvida.
Num esforço final , exausto e prestes a ser morto , eu completei aquele poderoso encantamento.
Que apagou da memoria das pessoas e da minha própria memoria a existência daquele ser.
Ele tentou desfazer aquela prisão. Mas seu esforço era inutil.
Pois quanto mais tentasse , mais aquilo o envolveria.
Sim. O ultimo feitiço. O lapso temporal de memórias.