Ele chegou na aldeia, na calada da noite. Era um homem alto e esguio, trajando uma surrada camisa azul coberta por uma capa azul-oceano.
Suas calças, rotas, eram , ou assim pareciam, de um tom marrom. E suas botas, gastas, num tom negro.
Ele retirou do bolso uma flauta e começou a soprar.
A letra, triste, falava, em notas suaves, de perdas, viagens e amores.
Mas da alegria de também se viver com toda intensidade.
Aqueles que escutavam, iam admirar e ouvir o misterioso visitante.
Que inabalável continuava a tocar.
Como se a letra, a cada um, falasse uma verdade diferente.