Eu hoje sou um cidadão de classe média. Daqueles a quem falta só o terno cinza.
Vinha andando pela casa, e acabei por ligar a televisão. E, lá estava:
A notícia de que o Papa Francisco morreu.
Eu senti seriamente a morte do Papa. Antes tinha rezado a missa.
Agora, me ponho a esperar a chegada da empregada.
Ele, o Papa Francisco, era muito dos pobres. Eu, pouco posso fazer pelos pobres.
Claro, sou apenas um pensionista. Mas trato muito bem a minha empregada.
O que seria de gente como eu? Se não existissem as empregadas.
Venho aqui e faço este registro. Emocionado que estou.
Os escritores como eu, tinham aprendido que na hora de escrever poupassem seus leitores de suas lágrimas.
Mas meus caros leitores, é preciso passar a vida com o sofrer com. E eu inventei esta expressão: Sofrer Com. Para o meu gasto.
Entendo o sofrer com, para quando visse um pobre ter uma vitória na vida.
E sou assíduo espectator. Qunando vejo uma notícia na TV sobre essa gente despossuída, eu sofro com.
Sofro com por que? Me perguntariam.
Ah, é simples. Imaginem quantas pedras no meio do caminho um pobre tem que tirar, para ter uma vitória.
E eu dedico meus escritos até agora, aos pobres.
Porque eu não sou rico, nem pobre, se sou rico é das bençãos de Deus. Aí sim!
Torço mais é para os escritores pobres. Porque os há.