Depois de ter inúmeros trabalhos publicados, um me perguntou:
- Como você fez para se tornar escritor?
Eu com simplicidade respondi:
- Antes de começar me esforcei. Depois foi só escrever.
E depois deste curioso, me telefonou um velho amigo:
- Vamos nos encontrar no bar xZ?
E lá fui ao encontro do amigo. E lá chegando ele me disse:
- Você quer saber? O amor não existe.
Deixei que ele falasse. Falou muito. E depois que ele desabafou, nos fomos. Cada um para o seu lado.
Eu fui ao encontro da minha musa. E não sou de variar de musa. E ela me sorriu.
Eu e ela nos beijamos. Ficamos horas conversando. E eu contei a ela o desabafo do amigo.
Ela me disse:
- Eu não tenho certeza, mas quando é assim, deve ter sido só uma briga entre os dois.
Realmente, um dá um motivo tolo, e os dois enamorados se desentendem.
Vivemos nesse tempo um tanto tumultuado quanto a relacionamentos.
E enfim dias depois aquele amigo, eu o encontrei, e ele me convidou:
- Vai lá em casa.
Eu fui, cheguei lá, ele me fez entrar e quando chegamos na copa da casa dele:
- Esta aqui é Maria.
Ele vendo o meu estranhamento, se calou.
Só depois se explicou, quando tivemos um momento de estar a sós:
- Eu troquei de companheira.
Eu não pude dizer nada. Fui-me embora depois de ter conversado com os dois. E depois de ter bebido algo com os dois.
Mas enfim, conclui:
- Neste nosso tempo, troca-se de companheira como quem troca de guarda-chuva. Ou como quem troca de roupa.