Nada Permanece
Aristides Dornas Júnior
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 13/05/25 09:26
Editado: 13/05/25 09:29
Gênero(s): Cotidiano
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 1min
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Palavras: 196
Livre para todos os públicos
Capítulo Único Nada Permanece

Fizemos uma viagem sob o frio das montanhas de Minas. Eu e minha irmã. Íamos ao enterro de alguém chegado. Lá chegamos.

Vimos os rostos tristes no velório. Cumprimentamos os presentes. E no mesmo dia estávamos de volta.

O caso é que moramos numa cidade. E o enterro foi em outra cidade.

Quando chegamos, eu estava cansado da viagem. Deitei-me, e logo adormeci.

De manhã, no outro dia, minha irmã fez café.

Bebi café com leite e comi biscoitos. Eu estava calado. Minha irmã puxou conversa:

- Você, não fique assim, que eu fico preocupada.

- Pode deixar, fiquei comovido, mas foi ontem. - Eu disse.

E minha irmã saiu de carro, depois de se despedir. Ela ia-se embora, para a casa dela.

Na verdade ela é quem cuidava de mim. E chegou a empregada, que estava comigo há anos.

A empregada já estava sabendo do acontecimento. Me disse:

- Meus pêsames, meu patrão.

Agradeci. E olhei para a empregada. Ela se pôs logo a trabalhar.

Num momento em que a empregada teve uma folguinha, eu disse a ela:

- Não valemos nada.

Ela concordou, e acrescentou:

- Estamos aqui de passagem.

Eu pensei: nada é permanente. Só que não disse nada.

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Postado 18/05/25 16:38

Infelizmente é verdade, nada permanece, daí a importância de viver o hoje e aprecisar as pequenas dádivas com as quais a vida nos presenteia!

Obrigada por trazer do cotidiano a reflexão sobre o que é profundo...