Eu esperava a correspondência do dia. O carteiro estava atrasado. Então liguei a televisão e fiquei vendo.
E pensei: será que sou um raro leitor de cartas?
Pensei em seguida: nada disso, neste século XXI, já me disseram que se lê muito.
E cartas só tem um jeito: são lidas ou escritas.
E enfim o carteiro passou e me entregou minha correspondência.
Eu tinha ido até ele, para que ele pudesse me entregar. Então entrei e vim vendo as cartas.
Eram contas de luz, de água, e uma carta. E olhei o remetente da carta.
Era ela. De quem eu tinha saudade.
Já dentro de casa, abri a carta que ela me mandara.
Era uma singela carta de amor. Cheia de palavras doces. De amor.
No final do texto da carta ela escrevera: EU TE AMO.
Eu sorri inteiro. Se esta fosse uma estória de amor, o final seria feliz.
Mas esta estória não deixa de ser de amor. E com Final Feliz.