o alquimista
6 de Janeiro
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 30/05/25 02:04
Editado: 30/05/25 03:41
Gênero(s): Aventura Poema Reflexivo
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 2min
Apreciadores: 1
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Palavras: 326
Livre para todos os públicos
Notas de Cabeçalho

vamos nos ver lá no topo do mundo. é uma promessa.

Capítulo Único o alquimista

Qual é o auge da vida?

Te digo:

explodir em sons etéreos

com meu irmão de alma

voz, viola e traumas

olhe, olhe, acho que somos meio gêmeos

os mesmos cabelos enrolados

a mesma escuridão na alma

o mesmo fogaréu no olhar

é que somos ratos espertos

os únicos sobreviventes

de uma rara ninhada

mas, estamos tendo nosso momento

estamos resolvendo a charada

abrimos cervejas e vinhos

dividimos a conta da noitada

pegamos a balança emprestada,

(só três minutinhos)

fumaça branca na noite estrelada

andamos sempre só mais um pouquinho

chegamos na ponte, admiramos

a tempestade vindo ao longe

e os pontinhos coloridos

andando tranquilamente pela feira

você tem aquilo que eles todos odeiam amar:

a fortaleza da opinião,

a sensibilidade de conseguir enxergar

sempre mais do que esperam,

seu dom de ser magnético,

querendo ou não, mas sim,

para eles e para elas,

o poder de ser autêntico,

em uma multidão de cópias

e como isso lhes causa inveja!

sua excentricidade eletrizante

e suave como acordes conflitantes

no nosso eterno violão velho

sua amizade me salva da morte

me salva de mim mesma

é sim, o ápice da semana

esfumaçar e falar asneira

e ouvir músicas que

nos abraçam e nos estraçalham

e chorar de rir a noite inteira

e transpassar a trincheira

entre a realidade e o etéreo

todas as vezes que nos permitimos

não nos levar tão a sério

é bom ter um irmão

desses que não são de sangue

mas são de alma, de espírito, de existência

tenho certeza que em outras vidas fomos da

mesma gangue e sempre só sobrou nós dois

dois cowboys em fuga

dois ninjas barulhentos

a foice e o martelo

um músico alquimista

e uma poeta herege

e no meio de cada guerra, Guilherme,

nos salvamos de explosões

lidamos com profundos cortes e arranhões,

nos vacinamos contra vermes

nossa força para arte nunca some,

ficamos cada vez melhores,

somos artistas completos,

e um dia saberão nosso nome!

❖❖❖
Notas de Rodapé

obrigada por saber meu nome, irmão.

você só vai se livrar de mim na sua próxima encarnação.

Apreciadores (1)
Comentários (1)
Postado 30/05/25 20:06

Essa amizade se não tem, já está quase completando uma década né?!

Gente vem e vai e vocês perduram apesar de tudo e todos...

Que continue assim, é lindo de se ver...

Amei o poema!

P.S.: O Gui também anda por essas paragens???