Ela estava ali acamada. Os filhos dela foram chamados. Iam chegando um a um.
Eles tinham sido avisados. E à medida que chegaram rodearam o leito da enferma.
E ela estava sendo cuidada. Sorriu para cada um dos filhos.
Antes de tudo, um amigo da familia dissera:
- Vocês vão ver, quando os filhos chegarem ela melhora.
Os amigos então foram permitidos no quarto. Já que os filhos já estavam lá.
O primeiro sorriso surgiu nos lábios dela.
Então ela falou:
- Já estou melhor.
A melhor amiga então chegou. Disse a ela, a melhor amiga:
- Querida, sem você nós não somos ninguém.
Ela ergueu o tronco levemente. Ninguém saiu do quarto. Permaneceram rodeando o leito da enferma.
Ela então falou:
- Só me dêem o braço, quero dar uns passos.
Aquelas foram as primeiras melhoras. Dias depois ela já estava sentada à mesa.
Um dos filhos disse:
- É mãe, que susto nos deu.
- Nada, já estou me sentindo bem.
E os dias se passaram. Os filhos se despediram dela, deixando-a curada.
E como explicar?
Como se esta pergunta tivesse sido feita, um respondeu:
- O verdadeiro calor humano cura.
E o contista pergunta:
'-E o que é o verdadeiro calor humano?"
E o contista se responde:
"O verdadeiro calor humano é a amizade."