O seu amigo veio lá do interior. E pensava que a vida da capital era um paraíso. Veio e ficou um tempo.
Arrumar um emprego até que foi fácil. E as coisas iam indo bem.
Um certo dia ele convidou o amigo para sua casa. Chegando lá ouviram música no som dele.
O amigo estava calado. Ele serviu alguma coisa e o amigo saiu satisfeito.
Os dois tinham conversado. Tinham colocado velhos assuntos em dia.
Até que certo dia, ele chegando do trabalho, atende ao telefone. Era um chamado para que socorresse o amigo do interior.
Lá foi ele. O amigo do interior tinham bebido demais. Ele encontrou o amigo deitado na rua, e quem telefonara ali perto.
E quem telefonara explicou:
- Faço parte de um grupo beneficente, cuido das pessoas que precisam. O seu telefone estava no bolso dele.
Ele agradeceu. E chamou um táxi. Com algum custo colocou o amigo no táxi.
E o levou embora. Não sem antes agradecer o estranho bondoso.
Chegando ao endereço do amigo do interior, abriu a porta e levou o amigo para dentro.
E foi-se embora, depois de pedir ao porteiro da moradia do amigo que desse-lhe notícia de manhã.
De manhã o porteiro lhe telefonou. E ele ficou sabendo que correra tudo bem, que o amigo do interior passara bem, dormira bem.
E que inclusive já fora para o trabalho. Ele estava é pensando num jeito de convencer o amigo a voltar para o interior de onde viera.
E de tanto pensar arranjara as palavras com que dizer ao amigo do interior.
E disse-as, as palavras, ao amigo do interior. E o amigo do interior no final lhe agradeceu.
Ele, porém, era exigente:
- Meu amigo, quero um agradecimento dos mais sinceros.
O amigo perguntou:
- Por que?
- Isso aqui, a grande cidade, não é para você. - Ele disse.
E o amigo do interior lhe pediu dias depois que ele o acompanhasse.
E lá foi ele. Acompanhou o amigo do interior até a estação rodoviária. E sorriu satisfeito.
E, eu que escrevo esta narrativa, digo: o quanto vale um amigo verdadeiro!