Um dia, ele chegou em casa e disse:
- Mãe, eu agora sou escritor.
A mãe viu o orgulho dele transbordar nos olhos dele. Ela olhou para ele e disse, com carinho:
- Meu filho, será que você não sabe ainda?
- O que, mãe?
A mãe olhou para ele, mas ela tinha de falar. Mediu as palavras e disse:
- Meu filho, não é por mal, mas um escritor é um homem como os outros.
Ele olhou para a mãe, olhou para o livro onde publicaram o seu texto, e disse à mãe:
- Mãe, não é pelos outros que falo. Falo por causa da minha alegria.
A mãe sorriu, era como se ela soubesse que ele sonhara a vida inteira em ser escritor.
E ela disse:
- Ah, sim, se você conseguiu tornar-se escritor, eu também me alegro.
Ele sorriu. E pôs sob os olhos da mãe a publcação.
Ela leu devagar. E ela disse ao filho:
- Então, meus parabéns. Vejo que valeu a pena sonhar.
Ele se alegrou ainda mais, e disse:
- Mãe, é isso mesmo, eu estou me realizando.
E a mãe fazia café. Tudo pronto ela pôs a garrafa de café na mesa. E os dois beberam juntos.
Agora, sim, ele e a mãe dele estavam numa festa de alegria. E ele disse:
- Minha alegria se completará quando eu for bem lido.