Eu fui um dos primeiros a avisar a irmã dela. Eu disse:
- Olha, ela está doente.
Chamaram a médica dela. Que diagnosticou, com simplicidade:
- É doença da cabeça.
Todos se espantaram. Porque ela sempre fora tida como inteligente.
E tentaram socorrê-la. Em que se baseiou a médica dela?
Nos gritos que ela dava. Um outro médico ao saber, disse:
- Ora, ela deve sentir dores.
E era de fato o que ela sentia. Fizeram-lhe exames por todo o corpo.
E, enfim, descobriram:
- Ela está com câncer. - disse o outro médico.
O que desconcertou a médica dela. E ela seguiu para ser tratada por oncologista.
Dentro em pouco, estava no leito de doente. Os parentes foram chegando.
Ela era quase só. Tinha o marido e o filho, mais ninguém.
E enfim ela faleceu. O filho disse:
- Descansou! - que era o costume dizer.
E seu enterro foi muito bonito. E numa reflexão final:
'O QUE VALEMOS NÓS?'.