O homem levantou-se da cama de um sono depois do almoço. Tinha tido um sono e um sonho.
Sonhara que era jovem ainda. E vira-se diante de um amor de juventude.
Acordou sobressaltado. Ergueu-se da cama e lavou o rosto com água fria.
Sentiu que fizera o possível para ser amado. Ela porém o deixou.
E o que sentiu agora? Ele sabia. Procurou identificar o sentimento.
Não conseguiu. A imagem dela no sonho era a mesma do retrato na parede.
Ele a idolatrava. Fora seu único amor, durante a vida inteira.
As outras, que outras? Não houvera nunca outra.
Os homens que o conheciam diziam a ele que ele era um tolo.
E no final da estória ele mesmo se disse:
- Sou um homem honesto com ela.
E por isso se regosijou consigo mesmo.
E seu coração fez uma festa. Estava tudo no figurino, até parecia que ele se casara com ela.
Era um homem fiel.